Rio - Quem reservou o domingo para visitar a 16 ª edição da Bienal do Livro encontrou trânsito livre e filas pequenas para entrar na mostra, mas poucos saíram totalmente satisfeitos com o passeio. Os altos preços das comidas, bebidas e do estacionamento surpreenderam o público que, por falta de opção no local, acabou gastando mais do que o esperado.
“A comida está caríssima, vai ser difícil ficar muito tempo aqui”, desabafou a assessora parlamentar Bianca Chateaubriand, de 41 anos, que estava com a mãe, a filha e dois colegas. O lanche do grupo (dois churros, dois picolés, uma água e um refrigerante) custou R$ 30.“Vou acabar gastando mais com comida do que com livros”, reclamou ela.
Na praça de alimentação, mesmo com mais de 20 estabelecimentos disponíveis, era difícil encontrar alternativas para driblar a fome gastando pouco. Uma fatia de pizza custava R$ 10, enquanto o prato de massa ou estrogonofe chegava a R$ 28. O refrigerante não saía por menos de R$ 5 e a água, de R$ 4. Para estacionar, também houve reclamação. A taxa mínima para carros e motos era de R$ 18. “Teria comprado mais itens, se não fosse tudo tão caro”, afirmou a comerciante Soraia Noel, 46, que resolveu dividir uma garrafa d’água com a amiga.
Mas nem todo mundo saiu de casa despreparado. As estudantes Mariana Azevedo, 16, e Karine Domingues, 18, trouxeram biscoitos e barrinhas de cereal na mochila. “Não é o ideal, mas já engana a fome até irmos embora”, disse Karine. “Depois de comer, a bolsa ainda serve pra guardar os livros comprados”, orgulhava-se a jovem.
A Bienal do Livro começou na quinta-feira e vai até o dia 8 de setembro, no Rio Centro. Até o final do evento, a expectativa é que 600 mil pessoas compareçam à mostra.