Rio - Com a incorporação dos protestos à rotina dos cariocas, os manifestantes usam cada vez mais a criatividade para chamar a atenção da população nas vias públicas. Nesta segunda-feira, um grupo de ativistas resolveu realizar um enterro simbólico de alguns políticos no "cemitério da corrupção". Velas foram acendidas para "homenagear" os alvos do protesto e muitas flores foram jogadas em um caixão feito de papelão.
Nove fradinhos se tornaram lápides com os nomes e as fotos dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Marcelo Queiroz (PP), Renato Moura (PTC), Jorginho do SOS (PMDB), Professor Uóston (PMDB), Chiquinho Brazão (PMDB), o presidente da Câmara dos Vereadores, Jorge Felippe (PMDB), o empresário conhecido como Rei dos Ônibus, Jacob Barata, o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
O ato é liderado pelo movimento Ocupa Câmara, com participação de alguns integrantes do Movimento Passe Livre (MPL). O protesto marca 2 meses desde o início da ocupação da Casa. Houve um cortejo fúnebre comandado pela "funerária Vá com Paes", com o carro de placa 171. Até o momento, eles percorreram trechos mais curtos na Avenida Rio Branco, mas o trânsito não chegou a ser interditado.
O objetivo do grupo é fazer uma caminhada até o Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), na Avenida Erasmo Braga, 115, no Centro do Rio. Eles pedem a libertação dos três administradores da página no Facebook "Black Bloc RJ", presos desde o último dia 4.
A pedido da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), as prisões em flagrante dos moderadores da página da rede social foram convertidas em preventiva pela 27ª Vara Criminal de Justiça. Os três foram presos e indiciados pelos crimes de formação de quadrilha armada e incitação à violência.
