Rio - Em plena "guerra" contra os mascarados devido aos confrontos nos protestos pela cidade, a Polícia Militar confirmou nesta terça-feira que a entrada de mascarados será proibida nas instalações do Rock in Rio. O efetivo da PM será de mil policiais trabalhando em dois turnos e 23 pontos de bloqueio serão montados no trânsito.
"Quem se recusar a retirar a máscara vai ser conduzido ao posto policial. Reforçado em comparação à última edição, o trabalho de revista vai ser feito por 200 PMs", afirmou o comandante do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), o tenente-coronel Marcos Amaral.
Ainda segundo o comandante, o público vai passar por duas fases de verificação montadas a 500 metros das catracas da entrada. Uma delas na Avenida Abelardo Bueno e a outra na Avenida Salvador Allende. Na primeira etapa, verifica-se o ingresso e na segunda revista a bolsa ou mochila com detector de metais para checar a presença de objetos cortantes, além de pedras ou qualquer coisa que possa colocar em risco músicos ou plateia.
Polícia Civil atuará dentro e fora da cidade do rock
Agentes da Polícia Civil vão atuar em todos os dias do evento do Rock in Rio, com atuação de departamentos, da Delegacia Móvel e reforço no efetivo. Ao todo, 910 agentes trabalharão durante os sete dias do festival. As 16ª DP (Barra da Tijuca), 32ª DP (Taquara) e 42ª DP (Recreio) também estarão com reforço.
Doze postos de atendimento ao público estarão em funcionamento na parte de fora da Cidade do Rock e três na parte interna. A Delegacia Móvel estará no Rio Centro funcionando integrada a cinco contêineres: um da perícia médica e química, outro da perícia de documentos e Setor de Identificação Policial (SIP), o do Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP) – com a estrutura para a identificação de pessoas encaminhadas para averiguação -, o da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e o dos flagrantes.
O trabalho será feito em conjunto com o Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, do Tribunal de Justiça. Haverá também um ônibus de custódia, para possíveis prisões que possam acontecer.
A Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (DFAE) fiscalizará o armamento e explosivos, inclusive os usados nos shows. O Esquadrão Antibombas estará de prontidão caso haja qualquer ameaça de artefato explosivo. Além disso, a Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) atuará fiscalizando o trabalho dos agentes escalados para o evento e possíveis excessos de policiais, no acesso ao local. Todos os agentes que trabalharão durante os dias do RIR estarão credenciados para ter acesso à Cidade do Rock apenas no seu turno.
Pela primeira vez, o posto da Polícia Civil na Cidade do Rock trabalhará em sincronia com o sistema de achados e perdidos do festival. Quando algum espectador que perdeu documentos ou pertences for realizar o registro de ocorrência de extravio no posto, os agentes irão consultar o sistema de achados e perdidos do evento, para verificar se os pertences estão na seção.
Além de toda a estrutura, o Núcleo de Apoio aos Grandes Eventos (Nage) estará atuando dentro e fora da Cidade do Rock, no combate a cambistas e venda de bebidas alcoólicas para menores. A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) ajudará na cautela de armas.
Agentes da Defesa Civil Municipal vão utilizar pela primeira vez câmeras de mão capazes de detectar aquecimento excessivo de objetos ou equipamentos. A novidade é para garantir a segurança do público que pretende se divertir na roda-gigante e na tirolesa instalada na Cidade do Rock.
Os instrumentos permitirão detectar com mais agilidade qualquer problema nos brinquedos. A operação será feita diariamente por cinco homens da Defesa Civil. As equipes ficarão instaladas em um contêiner na parte externa do evento.
O órgão ficará em contato permanente com o Centro de Operações para trocar informações, sobre, por exemplo, as condições do tempo. No último Rock in Rio, o funcionamento da roda gigante e da tirolesa chegou a ser interrompido por conta de rajadas de vento.
Se houver necessidade, os profissionais percorrerão a área do evento, munidos decordas e material de isolamento (fita amarela).
Acessos serão fechados às 11h de sexta-feira
A prefeitura montou esquema especial de trânsito e transporte para os sete dias de evento. As avenidas de acesso ao local do evento estarão bloqueadas a partir de 11h de sexta-feira ao tráfego de carros particulares, ônibus fretados, táxis e vans. Além de moradores credenciados, somente ônibus regulares e veículos oficiais passarão pelos bloqueios.
A operação de trânsito contará com a participação de 950 homens por dia, entre guardas municipais, controladores da CET-Rio e pessoal de apoio. Haverá 45 veículos operacionais e 55 motocicletas, que trabalharão para manter a fluidez do tráfego, coibir o estacionamento irregular, ordenar os cruzamentos, orientar pedestres e efetuar as interdições durante os dias do evento.
A recomendação é para que o público utilize o transporte público, pois não será permitido estacionar no entorno. Reboques da Secretaria de Ordem Pública vão reprimir paradas proibidas e rebocar veículos estacionados irregularmente para os depósitos da prefeitura.
O acesso à Cidade do Rock será feito por 200 ônibus que partirão do Alvorada até o Terminal Rock in Rio (em frente ao Autódromo). De lá, o público deverá caminhar até o evento. Os veículos circularão das 10h até as 4h do dia seguinte, com tarifa de R$ 2,75. Ainda há passagens para os ônibus executivos, que custam R$ 50, ida e volta (saiba mais no link em ‘http://eventos.riocard.com/rockinrio’).