Rio - O projeto que proíbe pessoas mascaradas em manifestações públicas foi aprovado, na tarde desta terça-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Entre outros deputados, representantes do PT, Psol e o líder do PSDB, Luiz Paulo Corrêa da Rocha, votaram contra a proposta, mas foram derrotados. A votação teve 12 votos contra.
A maioria das pessoas que são contra o projeto de lei foi impedida de entrar na Alerj. A casa limitou em 75 o número de pessoas que poderiam transitar pelas galerias.
Segundo o presidente da Alerj, o deputado Paulo Melo (PMDB), "essa lei vai impedir que os mascarados afrontem as autoridades e com isso vai ter menos violência nos protestos".
Já para Marcelo Freixo (Psol), "a lei é inconsequente e vai aumentar ainda mais o conflito entre os manifestantes e a polícia, pois já existe uma lei que determina que o policial leve para delegacia quem tiver mascarado e apresentar uma atitude suspeita".
Barrados no Rock in Rio
Também nesta terça, a Polícia Militar confirmou que a entrada de mascarados será proibida nas instalações do Rock in Rio. O efetivo da PM será de mil policiais trabalhando em dois turnos e 23 pontos de bloqueio serão montados no trânsito.
"Quem se recusar a retirar a máscara vai ser conduzido ao posto policial. Reforçado em comparação à última edição, o trabalho de revista vai ser feito por 200 PMs", afirmou o comandante do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), o tenente-coronel Marcos Amaral.
Ainda segundo o comandante, o público vai passar por duas fases de verificação montadas a 500 metros das catracas da entrada. Uma delas na Avenida Abelardo Bueno e a outra na Avenida Salvador Allende. Na primeira etapa, verifica-se o ingresso e na segunda revista a bolsa ou mochila com detector de metais para checar a presença de objetos cortantes, além de pedras ou qualquer coisa que possa colocar em risco músicos ou plateia.
