Rio - A Secretaria Municipal de Obras confirmou que o número de desapropriações para a passagem da Transcarioca, da Barra da Tijuca ao Aeroporto do Galeão, caiu quase 50%, após “ajustes no projeto”. Em vez de 3.600 previstos, serão 1.793 imóveis, como antecipou o ‘Informe do DIA’, na segunda-feira.
Segundo uma fonte na secretaria, o ajuste deveu-se a erro grave de planejamento: por pressa, as regiões por onde passará a via foram mapeadas pelo sistema do Google Maps. Mas as informações não coincidiram com a realidade. “Não havia necessidade de desapropriar muita coisa que já foi colocada no chão. Agora, é tarde”, disse a fonte, que não quis ter o nome revelado.
Nesta terça-feira, o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, informou que o planejamento foi feito a partir de um levantamento de fotografias aéreas. “Nesse traçado, verificamos que teríamos em torno de 3.600 casas a serem desapropriadas”, afirmou.
Segundo Pinto, no projeto executivo, os técnicos foram orientados a desapropriar o menos possível, por questões sociais e por causa da redução de gastos da prefeitura. “Após o levantamento aéreo, iniciamos o topográfico, nas próprias residências, o que permitiu ajustes. São ajustes ao longo do projeto, que têm por finalidade preservar o máximo de casas”, disse o secretário.
Mas a falta de definição deixa lojistas e moradores apreensivos. José Maria Castro, 60, que tem loja de azulejos em Madureira, diz que o movimento caiu e até hoje não sabe se terá que mudar. “Eles dizem que não sabem. É um absurdo”, afirma.