Por thiago.antunes

Rio - A possibilidade de policiais militares serem punidos pelo desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza não abala as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). Foi o que defendeu nesta terça-feira o governador Sérgio Cabral. “Não podemos condenar um projeto dessa natureza por eventual falta de um ou dois policiais”, afirmou.

Amarildo foi visto pela última vez no dia 14 de julho, quando deixava a sede da UPP da Rocinha. Uma testemunha ouvida pela Divisão de Homicídios acusou o major Edson Santos, ex-comandante da unidade, de tê-la obrigado a prestar falso depoimento no Ministério Público, no qual responsabilizava o tráfico pelo crime.

PM da UPP Rocinha usa máscara na reconstituição do sumiço do pedreiroMaíra Coelho / Agência O Dia

Um menor ouvido na mesma instituição revelou ter recebido oferta de policiais civis também para incriminar traficantes. Antes, dissera à polícia que Amarildo teria ordenado a ele que quebrasse uma câmera de monitoramento da UPP. Os depoimentos de mãe e filho foram marcados por contradições. Agentes da Divisão de Homicídios (DH) analisam o que foi dito.

Uma sindicância na Polícia Civil apura a conduta dos delegados Orlando Zaccone e Ruchester Marreiros. Eles trabalharam no caso no início das investigações, feitas pela 15ª DP (Gávea). Porém, enquanto Zaccone suspeitava dos PMs, Marreiros acusava o tráfico pelo destino do pedreiro Amarildo.

Você pode gostar