Rio - Dois anos após o assassinato de Juan Moraes, de 11 anos, a defesa da família da vítima está confiante de que os parentes serão indenizados em breve, pois o Estado do Rio já teria sinalizado que vai pagar. Porém, o valor ainda não está definido. O crime aconteceu em junho de 2011, no bairro Danon, em Nova Iguaçu, e quatro policiais do 20º BPM (Mesquita) foram condenados semana passada pelo homicídio.
“Essa questão estava sendo tratada diretamente, achamos melhor evitar ação judicial. O estado se dispôs a pagar, mas ainda não se chegou a uma conclusão sobre o valor”, disse a defensora pública Isabela Menezes, que também atuou na defesa da família durante o julgamento dos acusados. Na época do crime, chegou-se a cogitar que o valor de uma possível indenização seria de R$ 200 mil.
De acordo com a defensora, a mãe e o irmão de Juan — este também foi baleado na mesma operação em que o menino foi morto — continuarão num programa de proteção por tempo indeterminado. Eles já estão fora de suas casas há dois anos e, durante o julgamento, a mãe das vítimas disse que sua residência fora invadida e que ‘homens de farda estariam rondando o local onde a família morava’.
“Eles ficarão por lá até terem o mínimo de segurança para levar uma vida normal aqui fora. Para eles, é muito difícil porque a questão afetiva conta muito. Estão presos, não podem ter contato com mais ninguém com quem se relacionavam antes disso tudo acontecer. O irmão do Juan sente muita falta do pai, por exemplo”, afirmou a defensora.