Por thiago.antunes

Rio - Estratégia do 17º BPM (Ilha do Governador) para reduzir problemas de segurança na Cidade Universitária da UFRJ, na Ilha do Fundão, o fechamento do Portão 4, que dá acesso à Linha Vermelha, parece não ser o suficiente na opinião de professores e alunos, ainda aterrorizados pela onda de crimes. A medida, adotada na terça-feira, é considerada ineficaz pelo estudante de Engenharia Mecânica Caio Martins, 19 anos. “Quem quiser assaltar vai encontrar outros meios. Deveriam é melhorar a iluminação”, ressaltou.

Implantadas também em setembro pela prefeitura do campus, as rondas de guardas de bicicletas, que atuam em área federal — onde a Polícia Militar não pode entrar —, também são criticadas. A estudante de Engenharia de Materiais Caroline Veloso, 22 anos, diz que o patrulhamento privado não estaria destinado às pessoas.

Dentro do campus%2C área federal%2C a PM não pode patrulhar. Ronda de bicicletas é considerada insuficienteAmanda Raiter / Agência O Dia

“A PM não pode intervir nos prédios nem nos estacionamentos. E ainda temos os agentes da segurança, que parecem que só querem cuidar do patrimônio. Quando acontece algo, dizem que não podem fazer nada e nem saem do prédio”, enfatizou Caroline Veloso. Adriano Merlo, 20, colega de classe de Carolina, concorda. “Há muito casos de carros de alunos furtados ou arrombados. Agora, fomos proibidos de estacionar perto do prédio e ainda temos que enfrentar a pouca iluminação pelo caminho”, contou.

O abandono do estacionamento também seria motivo para o professor de Engenharia de Produção Edilson Arruda pedir para não trabalhar no período da noite. “Saio da faculdade até, no máximo, 17h. Fora desse horário, acredito que seja muito perigoso. Já fui seguido pelo estacionamento no dia em que saí depois de anoitecer. Não quero isso de novo”, relatou.

Em nota, a UFRJ informou que considera o campus “bem iluminado” e que o aumento na segurança patrimonial foi de 40% para todas as unidades da universidade, inclusive em instalações fora da Ilha do Fundão. No texto, porém, não foi mencionado aumento de efetivo da Divisão de Segurança, que atua para evitar crimes que não são contra o patrimônio.

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