Por tamyres.matos

Rio - Depoimento prestado na Divisão de Homicídios (DH) na semana passada, pela mulher do pedreiro Amarildo de Souza, Elizabete Gomes, traz à tona detalhes do caso. Ela foi chamada para ajudar a esclarecer situações registradas no vídeo em que Amarildo aparece entrando em uma viatura da UPP da Rocinha. “Eles me chamaram e eu tinha que contar tudo, né? Não posso mentir”, disse , revelando ter reconhecido e apontado aos investigadores da DH um dos policiais que aparece nas imagens.

“Ele estava com muitas folhas de papel na mãe, e entrou no carro falando: ‘Vamos ter uma conversinha com seu marido lá no Portão Vermelho’. Disse isso duas vezes, debochando da cara do meu marido”.

A mulher de Amarildo contou ainda que um dos PMs que abordou o pedreiro na noite em que ele desapareceu, conhecia a família. “Ele passava todos os dias na porta da nossa casa, conhecia a gente. Dava ‘bom dia’, me via chamando os meus filhos. Quando ele abordou o Amarildo naquela noite, nem acreditei que fosse o mesmo policial”, disse Elisabete, ressaltando que também indicou o PM para os investigadores.

O pedreiro está desaparecido desde 14 de julho. Conforme O DIA revelou com exclusividade, uma ossada encontrada em Resende pode ser de Amarildo. Amostras destes restos mortais estão sendo comparadas com material genético de parentes. O laudo sai até quinta-feira.

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