Rio - Uma viatura da Polícia Miltar atropelou, na noite desta segunda-feira, manifestantes que cercavam o veículo e pediam pela soltura de um jovem detido por usar máscara, durante protesto dos profissionais de educação em frente à Câmara Municipal. De forma truculenta, os PMs detiveram manifestantes, inclusive quem não usava máscaras, no entorno. Os detidos devem ser encaminhados para a 5ª DP (Mem de Sá). Um motoqueiro da CET-Rio ainda tentou perseguir a viatura para anotar a placa, mas não conseguiu alcançá-la.
O jovem levado pelos policiais foi arrastado com um mata-leão por 150 metros. Ao lado do Teatro Municipal, outras cenas de selvageria aconteceram. Dois policiais, identificados apenas como Silvestre e E13, este pela nova vigência do código alfanumérico, agrediram um manifestante. O rapaz levou pisões no pé e sofreu fratura exposta. Outros ativistas socorreram a vítima, identificada apenas como Phillip, que foi levada por bombeiros para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
Mais de 15 pessoas foram detidas até o momento.Integrantes do movimento Black Block chegaram ao local por volta das 18h, em solidariedade ao movimento grevista dos profissionais de educação. O clima ficou tenso quando parte dos ativistas chegaram na altura da Senador Dantas e rodearam cinco PMs. Os policiais deixaram o círculo e foram até um ônibus da corporação que estava estacionado perto da Casa. Mais de 10 policiais saíram do veículo e começaram a promover as prisões.
Dois cordões de isolamento foram erguidos, um na Rua Evaristo Veiga, próxima ao Teatro Municipal e outro feito na Avenida Rio Branco. Os veículos estão sendo desviados pela Avenida Almirante Barroso, que apresenta tráfego lento em toda a extensão. Integrantes do grupo Black Blocs estão junto com os professores na escadaria da Câmara Municipal.