Rio - Protestos de funcionários da Santa Casa, em greve desde a última sexta-feira, quase terminaram em tragédia na manhã desta terça-feira, no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Cascadura.
O diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Rio, Jobei Nascimento, disse ter sido ameaçado com uma arma pelo diretor da unidade, Amado Zarur. “Eu disse para ele que a Santa Casa seria investigada e que a máfia iria acabar. Nesse momento, ele puxou uma arma e disse que ia me dar um tiro na cara. A gente fica preocupado porque sabe que a família (Zarur) tem um histórico perigoso”, relatou Jobei, ressaltando que o fato ocorreu na frente de outras pessoas no hospital.
O caso de injúria e ameaça foi registrado na 28ª DP (Campinho) e será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). A Santa Casa declarou que iniciará investigação para apurar o fato. Procurado pelo DIA, Amado Zarur não foi encontrado na instituição.
Os funcionários pedem o pagamento de três meses de salários atrasados e reajuste nos vencimentos. Os grevistas ocuparam o saguão e impediram a realização de cirurgias e atendimentos particulares. Novo protesto está marcado para hoje, no Hospital Geral.