Por thiago.antunes

Rio - O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios (DH) confirmou nesta quarta-feira que o pedreiro Amarildo de Souza, 47 anos, foi torturado quando sumiu na Favela da Rocinha, no dia 14 de julho. Barbosa não deu detalhes sobre o tipo de tortura que Amarildo sofreu, mas ressaltou que há um conjunto de provas e inteligência que confirmam o detalhe da investigação.

Amarildo sumiu no dia 14 de julhoReprodução

Rivaldo Barbosa afirmou ainda que tem esperança de encontrar o corpo do pedreiro. Nesta terça-feira, 10 PMs, incluindo o ex-comandante da UPP local, major Edson Santos, foram indiciados por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. O promotor de Justiça, Homero de Freitas, encarregado do caso, disse que vai oferecer denúncia contra os acusados nos próximos dias.

Além do major, foram indiciados o tenente Luiz Felipe de Medeiros, o sargento Jairo da Conceição Ribas e os soldados Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalvez, Vitor Vinicius Pereira da Silva, Anderson César Soares, Rodrigo Vanderlei da Silva e Fábio Brasil da Rocha Graça.

Um dos pontos fundamentais das investigações foi a reprodução simulada do caso na Rocinha. O trabalho desmontou a versão dos policiais militares que libertaram Amarildo, detido em função da Operação Paz Armada, que identificava traficantes. O trabalho de apuração dos agentes da Divisão de Homicídios contou ainda com depoimentos e gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça.

Duas testemunhas revelaram que foram coagidas pelos policiais a acusarem traficantes pelo crime. O IML analisa ossada achada em Resende, no Sul Fluminense. Há suspeitas de que poderia ser de Amarildo. O resultado do DNA sai entre 10 e 15 dias.


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