Por tamyres.matos

Rio - A mãe de uma menina de 3 anos acusa uma funcionária de uma creche no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, de ter abusado da sua filha. De acordo com a mulher, uma auxiliar de creche teria tocado tocado as partes íntimas da criança. O caso, que ocorreu em junho, foi registrado, em um primeiro momento, na 42ª DP (Recreio) e depois foi encaminhado para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). O advogado da creche, Carlos Henrique de Oliveira, afirmou que o caso está sendo investigado e que o estabelecimento está colaborando com a polícia.

"A criança chegou da creche reclamando com dores na genitália. A mãe constatou vermelhidão na região e gotas de sangue na calcinha. Ao explicar o que havia acontecido, a menina falou o nome da crecheira e disse que ela a havia tocado", relatou a advogada Rosângela Ubaldo de Azeredo.

A mãe fez contato com a psicóloga da escola e logo depois procurou a polícia. Uma outra acusação contra a funcionária da escola foi registrada por outra responsável também na 42ª DP. "Uma das coisas que me causa ainda mais revolta é o fato de aquela mulher ainda estar trabalhando na creche. Isso é um absurdo", indignou-se a mãe.

De acordo com o advogado da creche, não há provas contra a funcionária, no entanto ela foi afastada do contato direto com as crianças durante a investigação. "A escola não tem nada a temer. Nós não cortamos completamente os laços com a suspeita até mesmo para que ela não suma. Ela prestou todos os depoimentos e não está trabalhando diretamente com as crianças", explicou.

De acordo a Polícia Civil, o exame de corpo de delito foi realizado nas duas crianças e todos os procedimentos padrões foram adotados. O primeiro caso corre sob sigilo de Justiça e a segunda acusação foi encaminhada ao Ministério Público.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) não aponta vestígios de violência sexual. Segundo a perícia, a menina sofre de vulvovaginite, contou Rosângela. Mas a mãe afirma que nenhum dos médicos que examinou a criança encontrou indícios de alguma doença. Ela contesta o resultado do exame realizado no IML.


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