Por tamyres.matos

O confronto entre policiais e manifestantes nas ruas foi parar também nas redes sociais. Um PM lotado no 15º BPM (Duque de Caxias) é acusado de postar mensagens ofensivas a uma ativista na página dela no Facebook. Pela internet, o sargento Emerson Veiga teria feito várias ameaças à diretora teatral Gleise Nana, um dia após os protestos do Dia da Independência. Em uma delas, o PM a teria chamado de “vagabunda, maconheira e anarquista que apoia a desordem no Rio”. “Quer falar mal da polícia fale na cara, sua p., na net é mole”, diz outra mensagem. 

Gleise disse que ficou assustada com os recados na sua caixa postal. “Foi um choque! Já não bastasse todo o gás de bombas que respirei, todas as corridas fugindo de balas que tive que dar, todas as ameaças de agressão, toda a tensão em atos...agora o terrorismo pessoal, direcionado, não contra um ser no meio da massa, mas contra a minha pessoa em particular, no meu perfil, onde tenho amigos”, criticou a artista, que desde junho tem feito a cobertura dos protestos e ainda não registrou o caso na polícia.

Anonymous vaza dados de PM que postou foto com cassetete quebradoReprodução Internet

Após a denúncia, o sargento foi ouvido pelo comandante do batalhão, coronel Ranulfo Brandão. O policial disse que foi atacado por diversos perfis e que respondeu sem se dirigir a ninguém em especial. Segundo a corporação, o “comandante, no entanto, segue apurando mais elementos para decidir sobre que procedimento adotar em relação ao caso”.

A Polícia Militar informou que os cidadãos que se sentiram ameaçados devem procurar registrar o fato em delegacia distrital e também na Delegacia de Repressão a Crimes contra Informática. A Corregedoria da Polícia Militar também está à disposição do cidadão, bem como o comando do 15ºBPM. O atendimento pode ainda ser feito pela Ouvidoria no 3399-1199.

Anonymous divulga dados de policial

O grupo Anonymous voltou a vazar informações pessoais de policiais, como CPF, número de celular, endereços e até cheques sustados. Desta vez, o alvo foi o PM Tiago de Lima Moreira de Souza,que na semana passada postou foto no Facebook segurando um cassetete partido com a legenda “Foi mal, fessor”, numa referência à atuação dos policiais durante manifestação de professores.

Em nota, a Polícia Militar informou que registrou a ocorrência na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil e que as investigações estão em andamento.

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