Rio - O grupo Anonymous invadiu, na noite desta segunda-feira, o site da Polícia Militar. Ao entrar na página da corporação, um vídeo de pouco mais de 2 minutos aparece na tela, mostrando cenas de confronto entre PMs e manifestantes na Cinelândia, próximo à Câmara Municipal. As imagens contém legendas que acusam os policiais de agir com truculência durante os atos na cidade.
Os hackers pedem ainda apoio ao protesto dos professores, marcado para esta terça-feira às 17h, na Candelária. A assessoria da corporação informou que, por motivos de segurança, vai retirar o site do ar. Ainda não há previsão para a normalização da página.
Informações vazaram em outro ataque
Policiais militares estão sendo orientados a entrar na Justiça com ação por danos morais, após verem expostos em rede social na internet dados pessoais obtidos por hacker, ainda não identificado. A informação é de duas associações de classe.
O vazamento das informações — como nomes completos, identidade, CPF e e-mail — de 50 mil militares causou revolta e apreensão na maioria, no dia 14 de setembro. Alguns chegaram a registrar queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que apura o caso.
“Se algum policial sentir necessidade, pode optar pelo viés da reparação civil, movendo ação contra o responsável por este crime hediondo”, afirmou o coronel Fernando Belo, presidente da Associação de Oficiais Militares.
Wanderley Ribeiro, presidente da Associação de Cabos e Soldados, disse que vai solicitar que o Ministério Público acompanhe as investigações. “Colocamos nosso departamento jurídico à disposição de quem quiser entrar com ação contra o Estado do Rio”.
Depois de se desculpar pelo ato — que afirmou não concordar e ter partido de apenas um integrante —, o grupo Anoncyber & Cyb3rgh0sts publicou em sua página no Facebook mensagem que classificou como ameaça de um PM. O grupo retirou do ar a publicação com os dados dos policiais.