Rio - Laudo de exames de voz feitos pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) em áudios de 13 PMs do 15º BPM (Duque de Caxias), presos em dezembro na Operação Purificação, foi conclusivo apenas para um policial. Segundo o documento, o único confronto de voz que deu positivo foi do 2º sargento Paulo Sergio Fernandes Odilon. Segundo o documento, é ele quem fala com uma pessoa identificada como Nariz.
As outras 12 escutas analisadas, autorizadas pela Justiça, de acordo com os peritos, deram negativas, inconclusivas ou prejudicadas, essa última por ter pouca quantidade ou baixa qualidade de som. Ao todo, foram presos 65 PMs do 15º BPM, acusados de receber propinas para não coibir o tráfico em 13 favelas de Duque de Caxias. Desse total, 42 já foram expulsos e 10 serão excluídos.
Segundo as investigações da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, eles recebiam R$ 2.500 de traficantes, por plantão, em cada comunidade, o que poderia render até R$ 32.500 por plantão. O comandante do 15º BPM, na época, tenente-coronel Claudio de Lucas Lima, foi exonerado. Hoje, às 10h, a Comissão de Segurança Pública da Alerj, fará audiência pública para discutir o caso.
“Este tema merece ser investigado com mais profundidade. A audiência busca averiguar se houve alguma injustiça contra esses policiais”, afirmou o deputado e presidente da comissão, Iranildo Campos (PSD).