Por thiago.antunes

Rio - Alvo de criminosos quinta-feira, o Fórum de Bangu passará por fiscalização do Conselho Nacional de Justiça. Semana que vem, dois juízes, um da presidência do CNJ, ligado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e outro da Corregedoria do CNJ, vêm ao Rio e irão até a unidade avaliar a segurança do local. Antes, eles vão se encontrar com a presidenta do Tribunal de Justiça do Rio, desembargadora Leila Mariano.

Nesta terça-feira à noite, o CNJ enviou ofício ao governador Sérgio Cabral e ao secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, exigindo que sejam tomadas medidas de seguranças para evitar que a tragédia de quinta-feira se repita. No ataque — cujo objetivo era resgatar traficantes e até matar o juiz Alexandre Abrahão — morreram Kayo Costa, de 8 anos, e o sargento PM Alexandre Rodrigues de Oliveira, baleados durante troca de tiros.

Policiamento no Fórum de Bangu foi reforçado após a morte de um menino de 8 anos e um policial militarCarlos Moraes / Agência O Dia

“É preciso que o governo e o tribunal tenham uma política para dar conta dessas necessidades, mas até agora o Poder Executivo não fez nada. Precisou acontecer essa tragédia para colocar o foco nessas medidas concretas”, criticou o conselheiro do CNJ e supervisor do Departamento de Monitoramento do Sistema Carcerário, desembargador Guilherme Calmon Nogueira da Gama.

A Divisão de Homicídios vai pedir a prisão de mais dois bandidos que participaram do atentado. Hoje, o juiz da 1ª Vara Criminal de Bangu, Alexandre Abrahão, vai assumir a 2ª Vara Criminal do bairro. Após o ataque, a titular Luciana Moco pediu afastamento, como O DIA noticiou nesta terça. Já o juiz da Vara de Execuções Penais, Carlos Augusto Borges, deve rever a decisão, dada por ele, de não transferir Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, acusado de comandar a ação.

Portal com informação de bandidos

Audiências por meio de videoconferência e a criação de um portal com informações sobre os criminosos do estado foram algumas das medidas anunciadas ontem pelo governador Sérgio Cabral e pela presidente do Tribunal de Justiça, Leila Mariano, a serem adotadas no estado para evitar tragédias como a de quinta-feira em Bangu.

Também será criada comissão com a Segurança Pública do Estado e juízes, desembargadores, advogados da OAB, além de integrantes do Ministério Público e da Defensoria Pública. Hoje, o tribunal promove mesa redonda com juízes para falar sobre videoconferência. O encontro será transmitido para comarcas do interior.

Você pode gostar