Rio - Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada (DHBF), em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MP, cumpriram sete dos 12 mandados de prisão preventiva contra os envolvidos no homicídio de Joilson Fernandes da Silva.
Joilson era um dos cinco colaboradores, entre informantes e testemunhas, da Operação Capa Preta, que identificou a atuação de integrantes de uma violenta milícia, responsável por diversos crimes em Duque de Caxias, na Baixada, em 2010. Ele foi sumariamente executado a tiros em 3 de fevereiro de 2012, durante uma emboscada na Praça do Sossego, no bairro do Pantanal.
Foram presos Cláudio Magalhães (“Cláudio Barbudo”), Anderson Chaves (“Tubarão) e Jorge Gerson de Souza (“Jorge Siri”). Jonas Gonçalves da Silva ("Jonas é Nós", condenado a 24 anos de prisão), Eder Fabio Gonçalves da Silva ("Fabinho é Nós", condenado a 21 anos de prisão), Jorge Luiz Moreira de Souza (“Nem Oclinho”) e Itamar Marinho da Silva (“Neguinho Cicatriz”) já haviam sido presos na Operação Capa Preta II, deflagrada em 30 de outubro deste ano, juntamente com Fábio Delfino de Oliveira, Samuel Felipe Dantas de Farias; Fábio Grama Miranda; José Gomes da Rocha Neto (“Kiko”); Wander Lucio Pereira Gomes; Roberto Wagner Lima de Castro, "Betão" e Lucio Rocha Loyola, todos por formação de quadrilha armada para a prática de crime hediondo.
De acordo com as investigações, a quadrilha age, pelo menos, desde 2007, nos bairros do Pantanal, Parque Fluminense, Parque Muísa, São Bento, Pilar, Vila Rosário, Vila São José, Parque Suécia, Lote XV, Sarapuí, Vila Guaíra, Jardim Leal e Gramacho, bairros localizados no município de Duque de Caxias.
Série se assassinatos
Nesta semana, o GAECO também ofereceu denúncia contra Jonas Gonçalves da Silva (“Jonas é Nós”) e Éder Fábio Gonçalves da Silva (“Fabinho é Nós”) pelas execuções de Alex José do Carmo Pinto, Nelson Franco Coutinho, Lucas José Antônio e Luizonaldo Chaves da Silva, demais colaboradores da Operação Capa Preta. Os assassinatos ocorreram entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2012, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
“Jonas é Nós” e “Fabinho é Nós”, líderes da quadrilha, foram denunciados ainda por coação, juntamente com Bruno Barbosa Ramalho e Marcelo Barbosa Ramalho. No período entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013, os acusados ameaçaram, de maneira recorrente, duas testemunhas do inquérito policial que investigou a morte de Joilson Fernandes da Silva.