Por karilayn.areias

Rio- As atividades que comemoram o Dia da Consciência Negra, realizada em frente a estátua de Zumbi dos Palmares, ícone do povo africano na formação da cultura brasileira e símbolo contra o preconceito racial, começaram às 6h desta quarta-feira, após uma vígilia. Até as 10h, mais de mil pessoas já tinham passado pelo evento. O evento recebeu  rodas de samba de raíz, capoeira, dança afro, jongo e maculelê.

Dia da Consciência Negra é comemorado no Monumento a Zumbi dos Palmares%2C na Avenida Presidente VargasEstefan Radovicz / Agência O Dia

Para Ivonete Mendonça, vice-presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro, a data serve para refletir sobre as conquistas da população negra e estabelecer novos objetivos. “A cor da pele ainda é indicativo de desigualdade no país”, lamenta Ivonete. “Lutamos pela garantia do espaço do negro à educação e saúde de qualidade.

Mas segundo o Secretário Estadual de Direitos Humanos, o Rio de Janeiro já está alguns passos à frente do restante do país. “O estado é o único que reserva 20% das vagas de concursos públicos para negros”, afirma. “Além disso, assinamos em maio o Plano Estadual de Igualdade Racial e o Plano Juventude Viva, contra a vulnerabilidade de jovens negros em situação de violência”, aponta.

Secretário de Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, ao lado de representantes de entidades da causa negraEstefan Radovicz / Agência O Dia

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, morrem no país 2,5 vezes mais negros que brancos. Por isso o dia 20 de novembro é tão importante para pessoas como Oswaldo José Filho, o mestre Kotoquinho do grupo Afroxé. “A luta começou há muito tempo, mas está longe de acabar. Zumbi é a inspiração do passado para continuarmos nossa marcha no futuro”, orgulha-se.

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