Rio - Uma ‘dança das cadeiras’ prevista para acontecer até o início de janeiro agita os bastidores da Polícia Militar. A maioria das mudanças deve ocorrer na capital. E a principal delas, na Zona Sul. Dois batalhões da orla — 19º BPM (Copacabana) e 23º BPM (Leblon) — estão na lista que a cúpula da corporação analisa para receber novos comandantes. Oficialmente, a troca seria para ajustes na PM e oxigenação dos cargos, já que alguns oficiais estão nos postos há dois anos.
Coincidentemente, as duas unidades receberam semana passada reforço do Batalhão de Choque, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, e de uma delegacia móvel, para tentar reduzir o número de roubos a pedestres e os arrastões, que estão assustando os banhistas em dias de praia cheia. O primeiro fim de semana de policiamento ostensivo foi de chuva e levou pouca gente para orla — o que facilitou bastante o trabalho.
Apesar das estatísticas do Instituto de Segurança Pública apontarem aumento nos registros de roubos a pedestres em agosto (foram 66 casos contra 39 no mesmo mês do ano passado), a unidade do Leblon será premiada pela Secretaria de Segurança Pública por bater as metas de redução de crimes no primeiro semestre. Já em Copacabana, foram feitos 372 registros de roubos a pedestres de janeiro a agosto, 43 a mais que no mesmo período de 2012.
Algumas das trocas que também estão sendo estudadas pela Polícia Militar podem ocorrer nas unidades de São Cristóvão, Recreio e Petrópolis, na Região Serrana, entre outras.
No fim de semana de estreia do reforço no patrulhamento nas praias, o número de policiais foi superior ao de banhistas. Apesar do mau tempo — que deixou as areias praticamente vazias —, a secretaria de Segurança Pública botou um grande efetivo para trabalhar. A medida foi anunciada pelo secretário José Mariano Beltrame semana passada, depois de arrastões ocorridos nas praias durante o feriado.
Agentes da PM, Civil e Guarda Municipal circularam pelo calçadão, enquanto outro grupo ficou na delegacia móvel instalada no Arpoador. A ação também contou com apoio de funcionários do Conselho Tutelar e do Instituto Félix Pacheco (IFP). Nenhuma ocorrência havia sido registrada até o fim do dia.
O destaque da operação foi o Centro Móvel de Comando e Controle da PM. Dentro de um caminhão, policiais monitoravam a orla através das câmeras instaladas nas praias. Dois telões exibiam as imagens.
