Por thiago.antunes
Rio - Doze municípios da Região Metropolitana e do interior do estado vão receber, a partir de janeiro, alarmes por sirenes para prevenção de desastres ambientais. A ação é uma das medidas previstas no Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil, anunciado ontem pelo governo do estado. O sistema de sirenes, que atualmente está instalado em 154 áreas de risco, será estendido para moradores de 180 comunidades situadas em encostas, onde é grande o risco de deslizamento.
Nesta primeira fase, o serviço chegará às cidades de Angra dos Reis, Areal, Barra do Piraí, Barra Mansa, Cachoeira de Macacu, Duque de Caxias, Magé, Mangaratiba, Niterói, Queimados, São João de Meriti e São Gonçalo. Outras 15 cidades receberão os equipamentos ao longo do ano que vem.
Para tentar evitar que desastres, como o que arrasou a Região Serrana em 2011, se repitam, serão implantadas Unidades de Proteção Comunitária nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Bom Jardim.
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Os agentes vão acompanhar os índices pluviométricos e mobilizar as famílias para que deixem suas casas em situações de emergência. Todos serão alertados por mensagens no celular. Até dezembro, serão montadas mais 115 estações de medição do volume de chuva e cheia nos rios.
No próximo verão, as equipes da regiões Metropolitana e Serrana contarão com 172 rádios portáteis para se comunicar. A medida é para evitar o apagão que ocorreu há dois anos, quando o sistema de telefonia ficou mudo, dificultando o acesso às vítimas. 
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De acordo com o secretário de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, em março o Rio ganhará dois radares meteorológicos, em Guaratiba e Macaé, que vai permitir prever, com quatro horas de antecedência, a chegada de temporais. Hoje esse tempo é de duas horas. 
“Com esses radares vamos saber com precisão de detalhes os locais exatos onde haverá temporais”, diz Simões. Segundo ele, estão sendo investidos R$ 50 milhões nas ações. “Não é um remédio definitivo. O ideal seria o reassentamento das famílias. Há um passivo enorme que não será resolvido a curto prazo”.
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