Rio - Mais de mil cartas de solidariedade escritas ‘a próprio punho’ por cariocas foram colhidas ontem por integrantes do projeto Escreva por Direitos, conduzido pela Anistia Internacional desde 2001. A iniciativa, em sua segunda edição no Brasil, tem por objetivo juntar menções populares de repúdio a casos de violação dos direitos humanos com repercussão internacional.
A edição deste ano — que conta com postos de coleta em 11 capitais brasileiras e visa conseguir pelo menos 10 mil cartas — lembra de dois casos ocorridos no Brasil entre os oito selecionados: a desapropriação dos índios Guarani-Kaiowá de suas terras, no Mato Grosso do Sul, e o assassinato do jovem baiano Ricardo Matos dos Santos por policiais militares, em 2008.
“As mensagens serão encaminhadas a autoridades e familiares, com o intuito de pedir agilidade na solução dos casos e prestar solidariedade”, disse o diretor da Anistia Internacional, Átila Roque. Ele explica que as cartas são escritos à mão para que as autoridade tenham a dimensão de quanto tempo foi doado à causa. O projeto, que percorrerá vários pontos do Rio até o dia 16, estará hoje no Pão de Açúcar, a partir das 10 horas.