Por cadu.bruno
Rio - Seis municípios do Norte Fluminense permanecem em alerta máximo nesta sexta-feira devido ao nível dos rios Muriaé, Carangola e Itabapoana. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que monitora os rios do estado, o alerta máximo é o mais grave de uma escala de quatro níveis e significa que a chuva continua e os rios atingem 80% de transbordamento.
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O alerta máximo vale para os municípios de Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana.
Os rios da Baixada Fluminense, que estavam em alerta máximo nesta quinta, retornaram ao estágio de atenção (o terceiro da escala), segundo o qual há apenas previsão de chuva moderada a forte.
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Estrada é partida e carros são arrastados em Bom Jesus

Com ruas alagadas, estradas partidas e gente desaparecida, moradores de cidades do Noroeste Fluminense temem pela previsão de mais chuvas para esta sexta-feira, mesmo que em menor intensidade. É que a vida está longe de voltar ao normal para muita gente. A região foi a mais afetada do interior do estado e está em situação de alerta máximo, segundo o monitoramento de cheias do Instituto Estadual de Ambiente (Inea).

Trecho sobre rio da RJ-230%2C em Bom Jesus de Itabapoana%2C desabou%2C interrompendo a passagem de veículosCarlos Grevi / Agência O Dia

Em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste, um trecho da estrada RJ-230 (Porciúncula-Campos) desabou no fim da tarde de quarta-feira, fazendo com que carros fossem levados pela correnteza. Uma pessoa morreu, um homem conseguiu se salvar e um adolescente ainda está desaparecido. O grupo voltava de um passeio do Distrito de Rosal.

Reinaldo Nunes de Souza, 27 anos, que dirigia um Golf amarelo, foi encontrado morto por agentes do Corpo de Bombeiros às 6h de ontem. Amigos da vítima, os irmãos Edson Zano Jacobino Junior, 24, e João Pedro Jacobino Junior, 15, estavam em uma Saveiro branca e também foram arrastados. Edson conseguiu nadar e foi levado para o Hospital de Itaperuna. João Pedro continua desaparecido e a correnteza dificulta as buscas.
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Altacir de Souza, tio de Reinaldo, afirma que a fatalidade é uma ‘ironia do destino’. “Há 10 anos o trecho era uma ponte de madeira e isso nunca aconteceu. Justo agora, com o local aterrado, uma fatalidade acontece”, lamenta. Ele conta que ônibus escolar havia passado pelo trecho minutos antes do acidente. “A tragédia podia ser maior”, disse.