Há frequentadores mais entusiasmados das áreas de lazer destas regiões que garantem que não as trocariam por nenhuma praia da Zona Sul. “Estamos no lugar em que nascemos, somos vistos como anfitriões e não como intrusos”, justifica o jovem Ronaldo Paes, de 15 anos, enquanto se bronzeia no Parque Madureira. Nos fins de semana, o local chega a receber 60 mil pessoas em busca de um lugar ao sol.
De férias, ele diz bater ponto diariamente na cascata do Parque em companhia de amigos. Empolgado, faz questão de citar as opções de lazer do bairro como motivo pela preferência. “Frequentemente emendamos o banho com visitas às quadras da Portela e do Império Serrano.
Em São Gonçalo, o piscinão funciona como um oásis em dias de altas temperaturas. O local costuma atingir lotação máxima nos fins de semana — dez mil pessoas. Mas durante a semana tem sido bem frequentado.
Na Baixada, o lazer é garantido na cachoeira de Tinguá, em Nova Iguaçu. “Folgo às segunda e terças só para aproveitar local com liberdade. Tem quem diga que é lugar de pobre, mas nunca vi arrastões por aqui”, garantiu a depiladora Luziane Santos, enquanto aproveitava a queda d’água.
Noites de verão, logo ali ao lado
Na Praça Paulo Setubal, conhecida como Praça do Cetel, na Vila da Penha, o movimento aumentou com o calor. Segundo o comerciante Antonio Pedro Petrovit, de 29 anos, famílias inteiras frequentam o local: “É a melhor época do ano. Ninguém aguenta ficar em casa com esse calor”. Os quiosques da Praça do Cetel funcionam até meia-noite, de segunda a quinta-feira e até às 2h na sexta-feira.
Na Tijuca, o movimento na Praça Vannhargen é chamariz para pessoas de todas as idades. “Recebemos todo tipo de público, interessado tanto em ficar por aqui, quanto em fazer um esquenta antes de ir para outros locais”, disse o garçom Juscelino Reis, que garante que o verão é a época do ano em que mais trabalha.
Colaborou Marcello Victor