Por tamyres.matos
Rio - Um porco-espinho que se equilibrava sob o fio de um poste de luz na Avenida Marquês de São Vicente, na Gávea, despencou, atingindo a cabeça de uma dona de casa. Sandra Nabuco Rocha de Paula, de 52 anos, passeava com o cão, que tinha parado no local para urinar. Sandra foi socorrida e levada ao Hospital Miguel Couto, no mesmo bairro, onde os médicos retiraram cerca de 300 espinhos que ficaram cravados no seu couro cabeludo com uma pinça.

O improvável incidente ocorreu na segunda-feira à noite, despertando a curiosidade até dos funcionários do hospital. “Quando eu cheguei lá, as pessoas custaram a acreditar no que tinha acontecido. Os funcionários do hospital nunca receberam um caso assim. Na hora do atendimento, médicos e funcionários tiraram fotos”, contou Sandra, que publicou fotos da cabeça cheia de espinhos no seu perfil, numa rede social da Internet.

Médicos retiraram cerca de 300 espinhos da cabeça de Sandra Nabuco Reprodução Internet

Ao sair do hospital, ela passou a tomar remédios para atenuar as dores. Também foi aconselhada a lavar a cabeça duas vezes por dia, para evitar infecções. Mesmo assim, ontem à noite, três dias depois do incidente, ainda se queixava de dores, que pioram quando ela penteia os cabelos. Ou no momento em que encosta a cabeça no travesseiro.

Mesmo assim, Sandra lida com o episódio com bom humor. Ele levou os espinhos do hospital como recordação, guardados em um pote. “Eu salvei duas vidas. Se o bichinho caísse no chão, ia morrer. Se caísse em cima do meu cachorro, os dois animais teriam morrido. Eu vejo por esse lado”, diz.

Sandra acredita que o animal era uma fêmea prenha, por causa da barriga arredondada. Depois da queda, o porco-espinho caminhou em direção ao jardim do prédio em frente ao incidente. E não foi mais visto.

Não foi a primeira vez que esse tipo de animal apareceu na Gávea. Moradores contaram que um porco-espinho foi encontrado no pátio de um colégio particular no bairro. Em outra ocasião, foi visto em frente ao Shopping da Gávea. “Esses bichinhos estão fora do habitat natural deles, à procura de comida”, acredita Sandra.