Roberta Freire, de 15 anos, uma das filhas de Marcello, passou mal e precisou receber atendimento médico. Ele deixa outros dois filhos, de 30 anos e nove meses. Os hinos do Flamengo e Salgueiro foram cantados durante o sepultamento.
A presidenta do Salgueiro, Regina Celi, disse que a escola vai homenagear Tijolo. "Esse ano o Salgueiro vai gritar mais alto em homenagem a ele. Marcello foi um grande salgueirense", disse. De acordo com ele, no ensaio deste sábado haverá um minuto de silêncio em memória do vice-presidente. No ensaio do dia 9 de fevereiro, na Sapucaí, haverá outra homenagem.
Presidente do Flamengo: 'Grande torcedor'
O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, salientou o amor de Tijolo pelo clube. "Fica a lembrança, acima de tudo, do grande torcedor que ele foi. Tinha uma relação passional com o clube do coração e se empenhava nas causas com a qual se envolvia, como a estátua do Zico na Gávea", destacou. Integrantes de outras escolas de samba também deram o último adeus a Tijolo.
Baleado em Vila Isabel
Tijolo faleceu na madrugada desta quinta-feira no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, vítima de parada cardíaca. Ele havia sido transferido para a unidade na última quarta-feira. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele havia apresentado melhora em seu quadro clínico após passar por cirurgia no tórax, no Hospital Souza Aguiar.
Segundo testemunhas, Tijolo foi alvo de atentado quando saía de escritório de Chiquinho da Mangueira. Após a morte, as investigações ficaram a cargo da Divisão de Homicídios (DH). A 20ª DP (Vila Isabel) já havia solicitado imagens de câmeras de segurança da região.
Definido como ‘um cara do povo’, Tijolo sonhava, segundo amigos, presidir o Salgueiro ou o Flamengo (no qual se inseriu na vida política através da torcida organizada Raça Rubro-Negra, da qual foi presidente). De acordo com integrantes da escola, Tijolo passaria a oposição nas próximas eleições da Vermelha e Branca.