Por volta das 19h15, os manifestantes chegaram à Central do Brasil e pularam as roletas. Seguranças da SuperVia tentaram conter os ativistas, mas não conseguiram. Eles convidaram usuários do transporte a pular uma das catracas e gritaram palavras de ordem contra a concessionária. Eles foram contidos somente quando subiam nos aparelhos para que o patrimônio não fosse danificado. Milhares de trabalhadores passaram pelo cordão de isolamento feito pelos ativistas sem pagar passagem e alguns se juntaram ao protesto. A PM acompanha o ato.
TCM aprova reajuste da passagem de ônibus
Relator de audiência entendeu que não conceder aumento colocaria em risco continuidade dos serviços. Prefeitura deve determinar valor. Manifestantes protestam no Centro
Rio - O martelo está batido. O Tribunal de Contas do Município do Rio (TCM) decidiu por votação unânime que o contrato da Prefeitura do Rio com as empresas de ônibus deve ser cumprido e as tarifas dos coletivos devem ser reajustadas. Mesmo considerando que os dados obtidos na auditoria realizada pelo órgão não são confiáveis, o relator Ivan Moreira entendeu que não conceder o aumento colocaria em risco a continuidade dos serviços.
“Uma coisa precisa ficar clara: não é o Tribunal que decide o aumento da passagem. Isso é função da Prefeitura”, disse o presidente do TCM, Thiers Montebello, lembrando que é função do município também determinar o valor, com base na fórmula contratual.
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Thiers foi incisivo ao dizer que a prefeitura falhou na fiscalização dos serviços das empresas de ônibus, ressaltando inclusive que a coordenadoria da Secretaria Municipal de Transportes responsável pelos dados da empresas de ônibus conta com apenas um funcionário. “Não há estrutura na Secretaria de Transportes. Isso dito pelo próprio secretário (Carlos Roberto Osório)”, considerou. A prefeitura foi procurada, mas informou que ainda está analisando o voto do relator e que só depois disso vai se pronunciar
Protesto no Centro
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Pelo menos 50 manifestantes se concentraram na Praça da Candelária, no Centro do Rio, entre estudantes e representantes de movimentos sociais, reivindicando o fim do aumento das passagens dos ônibus. Por volta das 18h30, cerca de 200 ativistas, incluindo black blocs, caminharam pela faixa da direita da Avenida Presidente Vargas. Agentes da CET-Rio Rio e PMs acompanham o ato.
Em frente ao camelóderomo da Uruguaiana, os policiais militares fizeram um cordão de isolamento em ambos os lados da via, revistando alguns manifestantes. Eron de Melo, o Batman das manifestações, foi obrigado a retirar a máscara. Os ativistas ocuparam a faixa do meio da Presidente Vargas por volta das 18h50 e retornaram à pista do meio às 19h05. O clima é de tensão no local.
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Algumas lojas chegaram a fechar, outras ficaram a meia porta e outras abertas. Por volta das 20h, eles se retiraram pacificamente e seguiram em direção à Candelária ocupando três faixas da Avenida Rio Branco. Às 21h, a manifestação terminou nso Arcos da Lapa. Não houve incidentes.
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