Por nara.boechat
Rio - Há três semanas, parentes e amigos do engenheiro e arquiteto Evando Bento da Silva, de 58 anos, buscam uma resposta para o seu desaparecimento. Desde que saiu de Jacarepaguá para supostamente receber pagamento pela venda de sua casa, ele nunca mais foi visto. Segundo amigos, ele receberia o montante de R$ 1,5 milhão pelo negócio, mas a polícia não encontrou nenhum indício de que o dinheiro teria sido pago. O setor de Busca de Desaparecidos da Divisão de Homicídios assumiu as investigações na última quinta-feira.
Segundo relatos de amigos do arquiteto, ele teria comprado e reformado a casa de luxo, num condomínio na Taquara. “Apareceu um comprador interessado e eles ficaram em contato durante um tempo. O Evando disse a um amigo que iria ao encontro do homem, que faria o pagamento em espécie no dia seguinte. Foi a última vez que falamos com ele”, contou o amigo, que pediu para não ser identificado.
Amigos contaram que Evando teria comprado e reformado a casa%2C que estava agora sendo negociadaDivulgação

Ele relata ainda que, 24 horas após o desaparecimento, o suposto comprador estava dentro da casa. “Ele disse que o Evando deu a chave para ele. Meu amigo perdeu um compromisso importante de trabalho naquele dia e nunca mais deu sinal de vida. Ele era extremamente responsável, jamais faria isso”, ressaltou.

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A investigação começou pela 32ª DP (Taquara), onde o registro do caso foi feito. No entanto, a polícia não revelou nenhuma linha de investigação. O suposto comprador foi chamado a depor, mas os investigadores não revelaram se a negociação tem relação com o sumiço do arquiteto.
Carro da vítima também sumiu
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Amigos acreditam que Evando tenha desaparecido pouco antes do meio-dia, já que o seu compromisso de trabalho era às 13h. O carro dele, um Gol, também sumiu.
Parentes de Evando vieram de São Paulo para prestar depoimento. Funcionários da empresa onde ele trabalha e pessoas conhecidas do arquiteto também foram ouvidas.
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Ainda segundo relato de testemunhas, Evando teria feito procuração para o comprador e assinado recibos de venda do imóvel. Os amigos conseguiram bloquear o documento em cartório.
Investigadores da 32ª DP chegaram a fazer buscas na residência logo após o registro do caso, mas não encontraram nenhum vestígio no local que pudesse indicar o paradeiro do arquiteto. Evando morava na casa sozinho, já que seus parentes vivem em São Paulo e na Bahia. Ele é solteiro e não tem filhos.