Rio - A violência na Baixada Fluminense fez ontem mais uma vítima. E como tem se repetido, a execução foi à luz do dia, por volta das 10h. Só que desta vez foi no bairro Vila Humaitá, em São João de Meriti. Os criminosos, armados com fuzil AR-15, metralhadora e pistola, sequer se preocuparam em esconder os rostos. A vítima, Edson da Silva Junior, 34 anos, era dono de uma pizzaria na Rua Jorge Nanhay. Ele ainda tentou fugir, pulando o muro do seu estabelecimento. Mas acabou encurralado, quando tentou se esconder debaixo de um carro que estava na garagem de um vizinho, e executado.
Uma filmagem, que foi disponibilizada para a polícia, mostra os três bandidos armados entrando na residência onde ocorreu o crime. Eles chegaram num carro azul. Dois foram embora a pé, e o outro fugiu com o veículo. Segundo moradores, o bandido que aparece com fuzil é conhecido como Gatinho e seria o chefe do tráfico na região. O comparsa que está com a metralhadora é chamado de Zé e é gerente de boca de fumo. “Eles vieram da parte de cima da rua atirando. Foram quase dez minutos de bala. Não sei como não feriu outra pessoa”, contou um morador.
De acordo com o comandante do 21º BPM, tenente-coronel Marcos Netto, foi feita uma operação no Morro da Caixa D’Água, no bairro São Mateus, porque havia informações que indicavam que um dos bandidos havia fugido para a comunidade.
“Moradores disseram que o carro usado pelos criminosos seguiu na direção da Caixa D’Água. Fomos lá, mas nada foi constatado. O batalhão já fez várias prisões nesta comunidade e no Morro do Castelinho. Isso minimizou muito o crime na região. Considero o que ocorreu hoje (domingo) um fato isolado”, afirmou o oficial.
O delegado Paulo André, adjunto da Delegacia de Homicídios da Baixada, esteve no local para acompanhar o trabalho da perícia. Segundo ele, ainda não é possível afirmar o motivo da execução. “Vieram com o intuito de matá-lo. Não podemos afirmar ainda qual foi a motivação”, afirmou. Na rua onde a vítima mora, no entanto, moradores contaram que os bandidos podem ter o confundido com informante da polícia.