Por thiago.antunes

Rio - O novo delegado titular da 9ª DP (Catete), Roberto Nunes, tomou posse nesta quarta-feira e ainda não definiu quando irá ouvir os dois identificados como agressores de moradores de rua e de supostos bandidos que atuam no Flamengo. Segundo a delegada Monique Vidal, que presidia o inquérito, o grupo de justiceiros é bem maior que os 14 jovens detidos logo depois de um menor ser preso com uma tranca de bicicleta nu a um poste, no dia 31 de janeiro. Na página do grupo, no Facebook, eles afirmam que são 600.

Investigação sobre caso do jovem preso ao poste está avançandoReprodução Internet

A Polícia Civil vai intimar para novos depoimentos os dois acusados de fazerem parte do grupo. Na terça-feira, eles foram identificados por vítimas de agressão. João Victor Andrade de Moraes e Raphael Silva dos Santos Fernandes podem esclarecer quantos e quem são os jovens acusados de fazer ronda, armados de porretes.

João Victor e Raphael foram reconhecidos por duas outras vítimas. Segundo os depoimentos, no mesmo dia do ataque ao menor, elas foram cercadas no Aterro por um grupo de cerca de 30 motociclistas, que arrancaram suas roupas e os agrediram com capacetes, correntes e tacos de beisebol.

Um adolescente de 17 anos conseguiu escapar e fugiu para dentro de um bar que fica na esquina da Praia do Flamengo com a Rua Senador Vergueiro, onde foi salvo por frequentadores. O menor de 15 anos preso ao poste, entretanto, não conseguiu identificar nenhum agressor através de fotografias.

Segundo o inquérito, os dois agressores identificados já têm passagem pela polícia. João Victor responde por um estupro, lesão corporal, furto em um condomínio e ameaça. Já Raphael responde por uso de drogas e por não ter prestado serviço eleitoral para o qual teria sido convocado.

Na terça-feira, outro ‘justiçamento’ na Taquara

Na última terça-feira, a onda de “justiçamento” chegou a outra região da cidade. Policiais militares foram acionados para socorrer um homem ferido amarrado a um poste na Taquara. Segundo os policiais, testemunhas disseram que ele praticava assaltos no bairro e teria sido dominado por pelo menos cinco homens armados com pedaços de madeira.

O homem foi socorrido na Unidade de Pronto Atendimento do bairro e encaminhado à 32ª DP (Taquara). No dia 23 de janeiro, Igor de Oliveira Falcão, acusado de roubos, foi assassinado com quatro tiros na Estrada Plínio Casado, em Belford Roxo, em plena luz do dia. Apontado como autor do homicídio Douglas Idael Pereira Ramos, continua sendo procurado pelos investigadores da 54ª DP (Belford Roxo).

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