Por thiago.antunes

Rio - Cerca de 80 pessoas fecham, na tarde desta quarta-feira, a Rua Cândido Benício, em ambos os sentidos, na altura da Praça Seca, Zona Oeste do Rio. Moradores da comunidade do Bateau Mouche fecharam ruas com veículos e atearam fogo em lixeiras. Foi mais um protesto pela morte de dois jovens da região durante operação da Polícia Militar na noite de segunda-feira.

Homens do 9º BPM (Rocha Miranda), do 18º BPM (Jacarepaguá) e do Choque responderam às manifestações com disparos de balas de borracha e bombas de efeito moral. Assustados, lojistas fecharam as portas, escolas suspenderam as aulas e carros chegaram a andar pela contramão da Rua Cândido Benício. A via foi interditada nos dois sentidos e só foi liberada por volta das 20h. Nas redes sociais, internautas alertavam sobre o perigo de passar pela região. “Clima de guerra na Praça Seca”, postou a moradora do bairro, Raíssa Alves. Um homem foi detido.

De acordo com a PM, Gleberson Nascimento e Alan de Souza Pereira estavam em um grupo que reagiu à abordagem policial, na altura de Fazenda Botafogo. Vizinhos deles, no Bateau Mouche, garantem que eles não tinham qualquer envolvimento com a criminalidade. De acordo com a Civil, ambos não tinham antecedentes.

Em ato realizado na manhã de terça-feira, dois ônibus e uma retroescavadeira foram incendiados. Próximos a outra manifestação, realizada à noite, mais um óbito foi registrado.

Leonardo José Fernandes, de 30 anos, foi alvejado por um homem que passou em uma moto, enquanto conversava com um amigo na esquina das Ruas Santo Osvaldo com Florianópolis. O amigo dele, não identificado também, foi baleado e permanece internado no Hospital Carlos Chagas. A Divisão de Homicídios investiga se o atentado tem relação com os protestos. A vítima tinha dois antecedentes criminais. Desde janeiro, a região conta com Companhia Destacada da PM.

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