Por thiago.antunes

Rio - Com a proximidade do fim de dois contratos da Casa Espírita Tesloo com a prefeitura, funcionários da ONG denunciam que os cerca de cem trabalhadores que atuam na 8ª e na 10ª Coordenadorias de Desenvolvimento Social — em Bangu e Santa Cruz, respectivamente — estão sem receber salários há dois meses. Além disso, a 8ª CDS corre o risco de fechar as portas a partir do dia 27.

A ONG foi fundada pelo major reformado da PM Sérgio Pereira de Magalhães, acusado de envolvimento em ao menos 42 mortes violentas. Ela presta serviço na área de assistência social para prefeitura há oito anos. Mas desde 2012 o TCM recomendou que a prefeitura não renovasse ou fizesse novos contratos, devido a uma série de irregularidades detectadas nas prestações de contas da ONG e noticiadas pelo DIA.

Os funcionários contam que a maioria foi selecionado para trabalhar pela Secretaria de Desenvolvimento Social. Com o fim do contrato da ONG na 8ª CDS no próximo dia 27, eles receberam a notificação do fim das atividades na última semana sem nenhuma outra informação.“O aviso prévio acaba na sexta não sabemos nem se vamos receber indenização”. No local, é feito cadastramento de pessoas em programas sociais.

Os servidores contam que a Tesloo modificou sua razão social para “Obra Social João Batista” e criou um novo CNPJ. Desde 2013, novos funcionários já são contratados no novo nome. O objetivo seria a possibilidade de continuar prestando serviços aos órgãos públicos municipais.

Em nota, a secretaria informa que fez os repasses a ONG e negou que o atendimento será prejudicado pois a administração é feita por servidores. Também disse que segue a recomendação do Tribunal de Contas do Município para que a ONG não participe de qualquer processo de seleção; e que foi comunicada, formalmente, da troca da razão social.

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