Por bianca.lobianco

Rio - Parte da História do Rio será recuperada em 32 mil negativos fotográficos. O material, que está no Acervo Geral da cidade, na Cidade Nova, será higienizado, digitalizado e identificado. É a primeira vez que este trabalho é feito. O arquivo traz registros de solenidades, de apresentações na Rádio Roquete Pinto, de personalidades e obras de artes, como do artista Lucílio de Albuquerque. Serão investidos R$ 250 mil na contratação de uma equipe para fazer a conservação dos documentos.

A previsão é que todo o processo de limpeza e catalogação dure um ano. Uma das grandes expectativas com a recuperação é ter acesso a obras do pintor Lucílio de Albuquerque que foram roubadas em 2006. Na ocasião, 146 gravuras do artista foram levadas por bandidos do Acervo Geral. “Como a gente vai disponibilizar depois todo material na internet, a nossa esperança é que quem comprou as obras descubra que elas são roubadas e as devolva”, afirmou afirmou a diretora do Arquivo Geral da Cidade, Bia Kushnir.

Previsão é que todo o processo de limpeza e catalogação dure aproximadamente um ano. Grande parte do que está nos negativos é desconhecidoDivulgação

O mais curioso do processo de recuperação é que grande parte do que está nos negativos é desconhecido. “Nem a gente sabe o que tem nessas imagens. Teremos várias ações no arquivo, mas vamos primeiro investir nesta documentação, porque há o perigo dela se perder. Ao final de todo o trabalho, teremos um acervo riquíssimo sobre a cidade”, afirmou Bia Kushnir.

A licitação para contratar a empresa que fará o tratamento e digitalização do arquivo vai ser feita no dia 13 de março. A ganhadora terá que ter uma equipe com arquivista, historiador e arquivologista. As atividades serão executadas nas dependências do Arquivo Geral, na Cidade Nova.

A primeira etapa será de identificação dos negativos, depois o trabalho será de assepsia e limpeza com álcool isopropílico — de alta concentração. Em seguida, o material é acondicionado em envelopes de PH-neutro e digitalizado.

“Só vamos poder realizar todo este processo com o fluxo de verba que a Secretaria municipal da Casa Civil nos disponibilizou. Desde que o arquivo se vinculou a este órgão, temos recebido um investimento que nunca existiu”, afirmou a diretora do Arquivo Geral da Cidade.

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