Por paulo.gomes

Rio - Traficantes balearam dois policiais militares no Complexo do Alemão na noite desta quarta-feira. Os PMs foram surpreendidos na localidade conhecida como Areal, e foram feridos de raspão. Eles foram resgatados pelo Batalhão de Choque e encaminhados para o Hospital da PM, no Estácio. 

Depois da morte de quatro policiais em serviço nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) dos complexos da Penha e do Alemão em pouco mais de um mês, o policiamento nas duas regiões recebeu no último domingo o reforço de 300 homens de outras unidades. Eles assumiram o patrulhamento nas favelas às 17h, substituindo os 200 PMs que estavam na região.

Outros 100 policiais que não participaram do patrulhamento estão sendo treinados por 30 agentes do Comando de Operações Especiais (COE) do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para formar uma espécie de tropa de elite das UPPs.

A tropa de policiais%2C reunindo PMs de diversas UPPs e agentes do Bope%2C sobe o Morro do AlemãoSeverino Silva / Agência O Dia

Vinte áreas críticas e mais violentas foram ocupadas nos dois complexos pelos policiais, divididos em grupos para ocupar pontos estratégicos. “O Bope vai ficar no local por tempo indeterminado. Todos os cerca de 9,3 mil policiais das 38 UPPs vão passar pelo mesmo treinamento, que envolve procedimentos táticos para aumentar a segurança dos PMs em suas ações e da própria população”, afirmou o subcomandante do Bope, tenente-coronel Renê Alonso.

O coordenador-geral das UPPs, coronel Frederico Caldas, disse que a presença e o treinamento aplicado aos PMs das UPPs não caracterizam um retrocesso no processo de pacificação, apesar de o Bope ser considerado uma polícia de confronto e não de proximidade: “Vejo isso mais como uma reciclagem de conhecimentos, principalmente em um momento de dificuldades de enfrentamento dos criminosos. O Bope nos dará apoio operacional e psicológico.”

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