Por thiago.antunes

Rio - As mais de 1.500 pessoas que ocuparam no domingo passado o complexo de prédios da Telemar que estavam vazios na Rua dois de Maio, no Sampaio, ‘lotearam’ e estão construindo barracos nos quatro terrenos de aproximadamente mil metros quadrados. Os ocupantes, que vieram das comunidades do Rato Molhado, 22 de Maio, Manguinhos e Jacaré, reinvindicam moradia.

Uma líder do movimento, Maria José Silva, ex-moradora da Favela 22 de Maio, disse que os ocupantes estão ali por não ter onde morar. “Há gente de todo tipo aqui. Alguns foram desapropriados de suas antigas moradias e nunca receberam o aluguel social”, reclamou.

Barracos para moradia começam a ser erguidos até no pátio entre os prédios da Telemar no SampaioCarlos Eduardo Cardoso / Agência O Dia

Outro ocupante, o ambulante José das Neves, 42 anos, manifestou desejo de um diálogo com a prefeitura. “Nós queremos que algum representante da prefeitura venha aqui conversar com a gente. Não queremos que polícia chegue com armas e cassetetes. Grande parte das pessoas que estão aqui não têm onde morar. Conheci um homem que morava debaixo da ponte com sua filhinha de apenas 5 anos. A gente tem a esperança de um mínimo de infraestrutura”, apelou.

Aluguel caro

Além das desapropriações, os desabrigados reclamam do preço do aluguel da moradia em comunidades, que segundo eles custa em torno de R$ 300. Na terça-feira, O DIA noticiou que houve tumulto entre ocupantes das diferentes comunidades e policiais, que tentavam conter saques às construções. De acordo com a ocupante Maria José da Silva, policiais patrulham a entrada da construção, porém não houve mais enfrentamento.

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