Rio - A ocupação dos prédios da Oi e a remoção dos invasores seriam evitadas caso a prefeitura tivesse cumprido o termo de compromisso que previa a compra do terreno para a construção de casas populares. Nesta semana, Eduardo Paes disse que a transação não foi concluída por falta de acordo em torno do preço do terreno, de 50 mil metros quadrados. Mas o valor, pouco menos de R$ 20 milhões, constava do documento.
O acordo foi assinado, em 6 de julho de 2012, diante da presidenta Dilma Rousseff, na inauguração do Bairro Carioca. Em seu discurso, ela comemorou o fato: “E agora, eu fico ainda mais feliz de saber que foi assinado um acordo com a Oi. (...) Hoje, a prefeitura, através do Eduardo Paes, obteve um terreno com a Oi que vai permitir que nós construamos mais 2.240 residências.” A presidenta ainda afirmou que essa era “a melhor notícia” que tinha recebido durante a viagem.
Cabral elogiou
Na cerimônia, o então governador, Sérgio Cabral, também citou a transação. “Hoje, a prefeitura firmou a compra de uma área da Oi”, disse.
Zona Norte
Uma das vantagens do terreno é sua localização: a prefeitura tem dificuldades de encontrar locais na Zona Norte que possam ser utilizados no Minha Casa, Minha Vida. A maioria das áreas disponíveis fica na Zona Oeste.
Bairro Carioca 2
A Secretaria de Habitação fez estudos para a construção do que viria a ser o Bairro Carioca 2. Os prédios que existem no terreno seriam destinados a atividades comunitárias.
Desapropriação
Um especialista ouvido pelo Informe afirmou que, se não concordasse com o preço pedido pela Oi, a prefeitura poderia desapropriar o terreno e discutir, na Justiça, o valor que deveria ser pago.