Rio - Os cerca de 600 ocupantes que permaneciam na sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, realizarão cadastros em sedes das subprefeituras mais próximas às suas comunidades. O levantamento será entregue nesta terça-feira em reunião entre a prefeitura e a liga de 10 mulheres que representam os desalojados.
O cadastro que vinha sendo feito nas últimas semanas também será apresentado para que possa ser feita uma contraproposta de reassentamento e o pagamento provisório do aluguel social. A decisão foi tomada durante representantes da prefeitura e a liga das 10 mulheres em reunião durante o início da tarde desta segunda-feira.
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Os desalojados estão no em frente à prefeitura desde a última sexta-feira, quando o terreno da Oi, no Engenho Novo, Zona Norte, foi ocupado pela Polícia Militar. Eles pedem o reassentamento imediato. Por volta das 10h30 desta segunda-feira os manifestantes fecharam a Avenida Presidente Vargas e houve confronto com os guardas municipais. Os agentes dispararam sprays de pimenta e foram respondidos com pedradas. Mais cedo, eles também já haviam interrompido a avenida.
Para se proteger da chuva que cai desde o início da manhã desta segunda, no Rio, os antigos ocupantes do terreno da Oi se protegeram na passarela do metrô da Cidade Nova, dificultando a circulação dos passageiros. Integrantes de vários sindicatos e partidos políticos estão no local apoiando a causa.
No fim de semana, a prefeitura chegou a propor um cadastro para que essas pessoas fossem contempladas em algum programa de habitação. No entanto, eles se negaram a deixar o local e a preencher qualquer cadastro sem uma reunião com um representante do governo municipal.
"Cadastro não é garantia de nada. Até hoje moradores do Bumba (em Niterói) esperam suas respostas. O que pedimos é uma reunião com alguma autoridade que nos apresentante um plano de reassentamento", diz Guilherme dos Santos, integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que apoia a causa.