Por bferreira

Rio - Uma ação no Superior Tribunal de Justiça ilustra as relações perigosas entre dirigentes esportivos, empresas e órgãos públicos. Presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Alaor Gaspar Pinto de Azevedo cobra cerca de R$ 4,5 milhões da GL Events: alega que ajudou a empresa a vencer, em 2006, a licitação para administrar o Riocentro.

A GL diz que Azevedo prestou a ajuda na condição de dirigente esportivo, já que, no Pan de 2007, o Riocentro seria o local das partidas de tênis de mesa.

Cortada

O dirigente perdeu a disputa em duas instâncias da Justiça. Pior: em seu voto, a desembargadora Jacqueline Lima Montenegro questiona a legalidade da atuação de Azevedo, “que promoveu inúmeras reuniões de executivos da GL Eventos com autoridades públicas”

Privilégios

Para a desembargadora, graças ao dirigente, a GL teve informações que só poderiam ser obtidas depois da abertura da licitação. Segundo ela, Azevedo apresentou à empresa o então secretário municipal para o Pan, Ruy Cezar, que trocou e-mails com executivos do grupo.

Descanso semanal

Efeito benéfico da Semana Santa: o Informe, a partir de amanhã, passará a respeitar o preceito bíblico do repouso semanal e deixará de ser publicado às segundas-feiras.

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