Rio - Foi implodido às 7h da manhã deste domingo um novo trecho do Elevado da Perimetral, na altura da Praça Mauá, entre a Rua Edgar Gordilho e o 1º Distrito Naval. Essa foi a terceira etapa de remoção do viaduto, que demoliu cerca de 300 metros da via.
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Foram usados 250 quilos de explosivos na implosão do elevado, que demorou três segundos para ir ao chão. Foram dez mil toneladas de concreto demolidas pontualmente às 7h. Os escombros da demolição serão removidos até maio, mas em quatro dias a Prefeitura do Rio vai fazer uma força tarefa para retirar os escombros da Rua Rodriques Alves no sentido Avenida Brasil e poder liberar o trânsito a partir da Rua Souza e Silva.
Todos os prédios do trecho da onde houve a implosão estão com tapumes e mantas de proteção. No momento da explosão, houve uma cortina de fumaça que chegou a atingir a área do Pier Mauá, onde estava localizada a imprensa, mas ela logo foi dissipada.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, estava presente no momento da implosão e disse que está satisfeito com a remoção do novo trecho. "É uma alegria muito grande ver esse espaço sendo devolvido para a população. A gente passou muito tempo reclamando do que não é feito, agora a gente reclama do que é feito. Eu sei que causa transtorno e incomoda a população, mas são obras de mobilidade e isso é necessário", disse o prefeito, se referindo ao trânsito da cidade.
"Falta pouco para o carioca não ver mais a Perimetral. Até meados desse ano não teremos mais nenhum pedaço da Perimetral. Até a festa de 450 anos do Rio, vamos entregar um pedaço da Beira-Mar para o povo", completou Paes.
Três tratores já estão do local da explosão, trabalhando para começar a remoção dos escombros. Segundo a prefeitura do Rio, os prédios históricos na região da implosão foram protegidos com tapumes. O Museu de Arte do Rio (MAR) ficou fechado desde sábado por conta da intervenção para a implosão e só voltará a funcionar normalmente no dia 23 de abril.
De acordo com a prefeitura do Rio, 300 pessoas que moram ou trabalham a menos de 150 metros da área de implosão foram deslocadas de suas casas e estabelecimentos antes da detonação, por volta das 5h da manhã deste domingo. Equipes da Concessionária Porto Novo, e da Secretaria Municipal da Defesa Civil orientaram a população sobre a saída dos imóveis.
Interdições na região
As vias do entorno do trecho do Elevado da Perimetral ficaram bloqueadas durante a implosão. Após a implosão, por volta de 7h30, os pedestres foram liberados para circular em todas as ruas da região próximo a Praça Mauá, exceto na Avenida Rodrigues Alves no trecho onde há escombro.
A Avenida Rodrigues Alves, entre a Rua Edgard Gordilho e a Praça Mauá, a Avenida Venezuela entre a Avenida Barão de Tefé e a Edgard Gordilho, e a Praça Mauá entre a Avenida Rio Branco e a Avenida Rodrigues Alves estão interditadas desde até às 4h do dia 24 de abril.
Demolição da Perimetral
A implosão do Elevado da Perimetral começou em novembro de 2013, quando um trecho de 1.050 metros, entre as ruas Professor Pereira Reis e Silvino Montenegro foi demolido. Um segundo trecho, de 1.163 metros foi retirado em fevereiro deste ano, da Praça Mauá à Avenida General Justo, desta vez com o uso de explosivos.
Com a implosão deste terceito trecho, de 300 metros, o viaduto, com um total de 4.790 metros, já teve aproximadamente 2.513 metros retirados. A queda da via faz parte das obras da Via Expressa, que ligará o Aterro do Flamengo à Avenida Brasil e à Ponte Rio-Niterói, em substituição ao Elevado da Perimetral, no novo sistema de mobilidade urbana da Região Portuária.