Por thiago.antunes

Rio - Ausente do primeiro debate entre pré-candidatos ao governo do Rio, o candidato à reeleição e governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) se transformou no alvo preferencial de seus adversários. As críticas mais contundentes vieram do ex-governador e deputado Anthony Garotinho (PR), que acusou o atual governo do estado de esconder uma dívida de R$ 100 bilhões que cairá no colo do próximo governador.

“É um governo irresponsável, que vendeu a imagem de que o PAC seria uma revolução. Mas esqueceu de dizer que este dinheiro não foi dado pelo governo federal. É emprestado. Vai acabar quebrando o estado”, disse Garotinho, líder nas últimas pesquisas de intenção de voto.

A rodada de debates entre os pré-candidatos ao governo começou na segunda-feira à noite, na Faculdade Ibmec da Barra da Tijuca, com quatro ex-brizolistas que responderam perguntas de alunos e professores: o vereador Cesar Maia (DEM) e os deputados Miro Teixeira (Pros) e Otavio Leite, que foi ao evento como representante do PSDB, além de Garotinho.

No primeiro debate da campanha ao governo do Rio%2C cinco pré-candidatos%2C dos quais quatro são ex-brizolistas%2C responderam a perguntas de alunos e professores no evento André Luiz Mello / Agência O Dia

A mesa foi completada pelo professor do Colégio Pedro II Tarcísio Motta, pré-candidato do Psol. O governador Pezão e os senadores Lindbergh Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB) não compareceram. Único desconhecido da plateia, Tarcísio Motta arrancou aplausos ao recusar publicamente o apoio do PSDB de Otávio Leite. E por pregar um novo projeto de segurança pública.

“O policial não pode ter o povo como inimigo. Precisamos de um estado que garanta direitos a todos. E repensar essa guerra às drogas, que é uma guerra aos pobres e que não deu certo em lugar nenhum. Mas é uma pena que os candidatos da aliança PT-PMDB não tenham vindo debater este tema”, alfinetou Tarcísio, referindo-se a Lindbergh e Pezão.

Já o vereador Cesar Maia fez um discurso em defesa dos servidores que, segundo ele, são os condutores de qualquer política pública. “É ele (servidor) quem vai conduzir a política de segurança na esquina. É o professor na escola. É o médico no hospital. Não há como pensar em desenvolvimento sem apostar tudo, investir tudo no servidor”, disse. Miro Teixeira alertou que “quem vai quebrar não é o estado. Estado não quebra, quem quebra é o povo”.

Garotinho e Tarcísio Motta se destacam

O ex-governador Anthony Garotinho e o professor Tarcísio Motta foram os destaques do primeiro debate, com discursos claros e diretos que agradaram ao público. O deputado Miro Teixeira arrancou aplausos com discursos históricos e pedidos aos jovens que tenham interesse pela política. “As transformações sociais vêm através dela”, disse Miro Teixeira.

O vereador Cesar Maia passou boa parte do tempo mexendo em seu Ipad enquanto os colegas apresentavam suas ideias. Otavio Leite protagonizou a cena mais engraçada, ao dizer que o apoio de seu partido estava sendo disputado por todos. “Eu não. Tô fora dessa”, brincou Tarcísio Motta.

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