Rio - Os donos de cães da raça pitbull terão que registrar seus animais em delegacias policiais próximas das suas residências. A determinação foi publicada nesta quinta-feira, no Diário Oficial do Estado, e assinada pelo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Pela resolução, o registro terá que ser renovado todo ano para atualização de dados e da vacinação anti-rábica. O dono deverá andar com o documento e, se descumprir a resolução, poderá ser multado de R$ 12,50 a R$ 12.500.
A circulação e permanência dos cães já é proibida em praias, logradouros públicos e locais em que haja concentração de pessoas, pela lei estadual 3.205, de 1999. A condução do animal só pode ser feita por maiores de 18 anos e ele deve estar com enforcador e focinheira. A importação, comercialização e a criação de Pit-Bulls também são proibidas no estado.
Para a estudante Tais Teixeira, de 22 anos, que possui uma pitbull fêmea, Nina, de três anos, ter que registrar o cão na delegacia é o resultado do preconceito das pessoas com a raça. “Sinceramente, eu acho besteira esse tipo de norma. Não existe, por exemplo, nenhuma fiscalização para a lei que proíbe o passeio dos pits sem focinheira e nunca ouvi história ou conheci alguém que foi punido. Além disso, não há necessidade do registro, cada dono deve ser responsável pela conduta do seu cachorro. Mas isso é preconceito com a raça e, infelizmente, já estou acostumada”, disse.
Já técnica de informática Ana Paula Santos, de 27 anos, que tem um pitbull macho, Braddock, de cinco anos, achou a obrigação boa porque ajuda a responsabilizar o dono se o cachorro fizer algo, mas criticou o transtorno e a burocracia que a determinação causará. “É boa porque o cão não vai estar avulso, mas não sei quanto tempo e trabalho me custarão fazer esse registro todos os anos”, afirmou.