Rio - Cerca de 200 manifestantes que protestam contra a Copa do Mundo saíram da Cinelândia, no Centro do Rio, por volta das 18h desta sexta-feira e seguiram em direção à Prefeitura, na Cidade Nova, para se juntar ao ato de professores no local. Com cartazes com dizeres contra a FIFA, alguns em inglês para chamar a atenção da imprensa internacional, os ativistas interditaram parcialmente a Avenida Presidente Vargas, no sentido Zona Norte. Alguns dos manifestantes estão mascarados.
O policiamento foi reforçado por PMs do 5º BPM (Praça da Harmonia) e do Batalhão de Choque (BPChq) espalhados na região, além de um helicóptero da corporação. Até o momento, não há registro de confrontos. Às 19h40, os manifestantes voltaram no sentido Candelária e fecharam ambos os sentidos da Presidente Vargas. Os policiais retiraram os manifestantes da via, mas não usaram bombas ou gás de pimenta. Às 20h, os ativistas chegaram até a Central do Brasil. Alguns deles foram revistados e, um homem ainda não identificado, foi preso após tentar assaltar um ônibus no trecho. O clima ficou tenso no local. Por volta de 20h40, a via foi liberada em ambos os sentidos e os ativistas chegaram na Cinelândia.
Por volta das 15h40, aproximadamente mil professores marcharam na Rua Campos Salles, na Tijuca, em direção à Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Eles chegaram a interditar todas as faixas da Avenida Presidente Vargas e estão em frente à sede do governo municipal. Às 18h30, uma comissão foi recebida pela subsecretário de Gestão, Paulo Figueiredo. Às 19h, Figueiredo anunciou que receberia os professores na manhã de terça-feira para nova reunião e os professores começaram a deixar o local.
Professores mantiveram greve
Cerca de 1.500 profissionais da educação decidiram na tarde desta sexta-feira, em assembleia convocada pelo Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), pela continuidade da greve que teve início no último dia 12 nas redes estadual e municipal de ensino. A reunião aconteceu no Club Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
"Nós estamos querendo negociar, mas prefeitura e governo do estado não estão com essa intenção", disse o coordenador do Sepe, Alex Trentino. O sindicato pede reajuste salarial de 20% e melhores condições de trabalho.