Por felipe.martins

Rio - Cerca de 1.500 profissionais da educação decidiram na tarde desta sexta-feira, em assembleia convocada pelo Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), pela continuidade da greve que teve início no último dia 12 nas redes estadual e municipal de ensino. A reunião acontece no Club Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio.

"Nós estamos querendo negociar, mas prefeitura e governo do estado não estão com essa intenção", disse o coordenador do Sepe, Alex Trentino. O sindicato pede reajuste salarial de 20% e melhores condições de trabalho.

Professores decidiram%2C em assembleia nesta sexta%2C pela continuidade da greve iniciada no último dia 12Severino Silva / Agência O Dia

Desde quarta-feira, os professores estaduais que faltam ao trabalho tem o ponto cortado. A desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, considerou ilegal a greve dos profissionais da rede estadual. Na decisão, publicada na terça-feira, a magistrada determina ainda que o sindicato da categoria, o Sepe, suspenda a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 300 mil.

De acordo com a desembargadora, o sindicato demonstrou desinteresse nas negociações com o governo. Leila Mariano lembrou que, segundo o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), o sindicato não apresentou intenção em resolver os pactos firmados anteriormente. E que, "ficou comprovado que o Estado cumpriu com os itens acertados".

Sindicato pede reajuste salarial de 20% e melhores condições de trabalhoSeverino Silva / Agência O Dia

"Importante registrar que, na referida audiência (no STF, dia 13/05), o Estado do Rio de Janeiro, em respeito aos professores e aos alunos da rede pública estadual, concordou com a manutenção dos grupos de trabalho e fóruns de debate para o aprimoramento dos temas previstos no acordo”, afirmou Leila Mariano, em um trecho de sua decisão.

A magistrada determinou a volta imediata ao trabalho e facultou ao Estado a decisão de cortar o ponto e descontar o salário dos grevistas. Leila Mariano remeteu seu despacho também ao relato, junto ao STF, de que “o Sepe incentivou a categoria dos professores a não trabalharem no mês de janeiro de 2014, o que inviabilizaria a reposição das aulas na forma acordada, fato este corroborado pelo Ministério Público oficiante no âmbito do Estado. Todavia, mesmo diante da ausência de inúmeros professores, o estado adotou todas as medidas visando à reposição das aulas, a fim de assegurar o cumprimento do calendário das aulas e os direitos dos alunos.”

Por volta das 15h40, aproximadamente mil professores marcharam na Rua Campos Salles. A expectativa é de que os docentes sigam por ruas da Zona Norte, passando pela Praça da Bandeira. Às 16h, os docentes interditaram completamente a Avenida Presidente Vargas, no sentido Centro, e às 17h começaram a se manifestar em frente à Prefeitura. A pista lateral permanece interditada na via. Policiais do Batalhão de Choque (BPChq) estão no local.

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