Rio - Em meio à festa pela Copa do Mundo também há espaço para comemorar o Dia de Santo Antônio. Nesta sexta-feira, os rumores de azar da sexta-feira 13 ficarão de lado e darão lugar às missas e à tradicional distribuição do pãozinho e do bolo do protetor dos pobres e santo casamenteiro.
No Largo da Carioca, onde fica o Convento de Santo Antônio, vai ter celebração de hora em hora a partir das 6h até as 19h. Mais de 130 mil pães serão distribuídos junto com os bolos que foram doados por fiéis. “Distribuir o alimento é uma forma de agradecer a Santo Antônio, que tanto fez pelos pobres”, declara o frei Reinaldo Menezes.
Para os que procuram a cara-metade, às 19h30 na Paróquia Nossa Senhora da Vitória, na Barra da Tijuca, e às 18h, na Igreja de Santo Antônio, na Ilha do Governador, haverá celebração dedicada aos que estão em busca de um grande amor. Há dois anos, a secretária Marilene de Souza Leal, de 26 anos, encontrou sua alma gêmea durante a missa de 13 de junho na Ilha.
“Já peregrinei em várias igrejas até que, quando fui na da Ilha, conheci meu atual marido. Ele sentou ao meu lado durante a missa de Santo Antônio e começou a conversar comigo. Na hora sabia que seria ele o homem da minha vida”, relembrou a secretária, que hoje tem uma filha de um ano com seu atual marido.
A agenda em homenagem ao santo casamenteiro é extensa. Na Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Cachambi, o cardeal arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, presidirá missa solene pelas famílias às 20h. Mais cedo, às 12h, haverá almoço na igreja. Na Lapa, na Paróquia Santo Antônio dos Pobres, a alvorada começa às 6h e as missas serão celebradas até às 20h.
Neste sábado, a programação continua. Na igreja da Ilha terá festa junina com shows e apresentação de quadrilhas, a partir das 18h. Na Barra, haverá celebrações festivas às 15h e 19h30, e amanhã, às 11h e 18h. Os pães e bolos serão distribuídos no convento, no Largo da Carioca, na Paróquia de Nossa Senhora da Vitória, na Barra, e na igreja de Santo Antônio, na Tijuca.
Nobre protetor dos pobres
Falou em Santo Antônio, logo vem a imagem das moças que estão à procura de um par. Mas a fama de ser casamenteiro, na verdade, surgiu de um ato simples que o santo fez a duas irmãs no século 13. Segundo o frei Reinaldo Menezes, do Convento de Santo Antônio, Fernando, como era seu nome de batismo, ajudou as duas meninas doando dinheiro para que elas pudessem ter o dote para casar.
“A fama de arranjar os casamentos veio desta história que pouca gente conhece”, aponta o frade, que vê no santo o simbolismo maior por ser protetor dos pobres. “Ele era um homem muito nobre, mas sempre fez questão de dar sua comida aos pobres. A doação do pão e do bolo existe por conta disso”, completa.
Nos costumes da Igreja Católica, o fiel que receber o pão deve picar nos mantimentos da casa para que nunca falte o alimento. Já o bolo deve ser consumido para simbolizar a fartura.
