Rio - Cafezinho a R$ 10, misto-quente a R$ 16, latinha de cerveja a R$ 7 e prato para uma pessoa a R$ 51,90 são os preços que os turistas da Copa do Mundo encontram em quiosques e restaurantes da orla de Copacabana. Já uma pequena necessaire com as cores do Brasil custa R$ 169 em uma loja no calçadão. Na feirinha mais famosa do bairro, uma faixa de cabelo com motivos brasileiros sai por R$ 20.
Turistas da América Latina que circulavam ontem pela orla reclamaram dos preços cobrados na Zona Sul do Rio, classificando-os como abusivos. Já europeus e canadenses afirmaram que os valores são baratos se comparados com os de seus países. Porém, declararam que esperavam encontrar preços menores na cidade. Segundo o engenheiro chileno Alexandre Viegas, de 43 anos, a comida e a bebida em seu país são 50% mais baratas do que em Copacabana.
“Paguei R$ 5 em um refrigerante hoje que, no Chile, custa R$2,50. Também estamos pagando, em média, R$ 30 por um almoço, que no Chile sai por R$ 15”, disse Viegas, admitindo que já esperava encontrar preços caros no Rio. Já o mexicano Carlos Messias, 42, reclamou do preço da cerveja e dos lanches. “Comprei uma latinha de cerveja pelo equivalente a 30 pesos mexicanos. No meu país, pago 12. Um hambúrguer é 180 pesos aqui e, lá, 60”, relatou.
Em contrapartida, o escocês Omar Younis, 41, disse que não se incomodou com os preços cobrados porque paga o dobro em seu país, assim como o engenheiro canadense Brandon Yazdaní, 45. Porém, esse relevou que previu preços menores quando organizou sua viagem para o Brasil. “Estou gastando mais do que pensava. Talvez, os valores estejam maiores por conta da Copa”, ponderou.
