Por bianca.lobianco

Rio - Sete militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos são investigados pelo tiroteio que provocou a morte de Afonso Maurício Linhares, de 25 anos, quarta-feira à tarde. O jovem levou tiro no olho, foi encaminhado a hospital, mas não resistiu.

As armas que os PMs usavam (pistolas e fuzis) foram apreendidas pela Divisão de Homicídios (DH) para exame de confronto balístico com os projéteis arrecadados no local e no corpo da vítima. Os policiais e parentes da vítima prestaram depoimento na delegacia, quarta-feira.

Segundo os PMs, eles foram ao local, por volta das 17h30, com informações de que havia um adolescente com drogas. O menor estaria em um jogo de futebol na localidade da Coreia, quando foi apreendido. Houve tumulto provocado por moradores, que tentaram impedir que ele fosse levado para a delegacia.

Os PMs disseram ainda que tiros foram disparados contra eles, e dois soldados admitiram ter revidado. Eles retiraram o menor da comunidade rapidamente e o levaram para a 21ª DP (Bonsucesso).

Investigadores contaram que um carro parou em frente à delegacia e uma mulher pediu socorro para Afonso, que estava ferido dentro do veículo. Policiais levaram a vítima para o Hospital Federal de Bonsucesso. Ele estava desempregado e não tinha antecedentes criminais.

Os PMs que participaram do confronto foram ao hospital, mas não reconheceram a vítima como integrante do bando que os atacou a tiros. Afonso será enterrado hoje no Cemitério de Inhaúma.

Desde a noite de quarta, a UPP reforçou o policiamento em Manguinhos por tempo indeterminado. Até a noite de ontem, não foram registrados outros tumultos na região.

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