Por tabata.uchoa

Rio - Em nota oficial divulgada neste domingo, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) criticou a aliança entre o aliado, o ex-governador Sérgio Cabral, e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM). Em um texto contundente, o prefeito Eduardo Paes chamou o acordo entre PMDB, PSDB e DEM de "bacanal eleitoral". Cabral abriu mão da candidatura ao Senado na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) para dar lugar a Maia.

O anúncio oficial será feito na segunda-feira. Com isso, o movimento "Aezão" fica formalizado. Aezão é a forma como ficou conhecido o apoio de peemedebistas do Rio ao candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves. No plano nacional, no entanto, o PMDB apoia a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição.

A nota na íntegra do prefeito

"Desde 2009, as brigas políticas que nada tinham a ver com o interesse do Rio de Janeiro e dos cariocas foram substituídas por uma aliança capaz de trazer muitas conquistas para a cidade. A parceria entre nós, da prefeitura, o presidente Lula e o governador Cabral - e agora a presidenta Dilma e o governador Pezão - tem permitido tirar do papel projetos há décadas prometidos e inviabilizados justamente pelos constantes desentendimentos entre governantes anteriores. O conjunto de avanços que o Rio e a população vêm colhendo nos últimos anos é resultado de uma soma de forças políticas que têm trabalhado de maneira coerente na busca por uma cidade melhor, mais justa e mais integrada. Em função dessa mesma coerência, e para que o Rio de Janeiro não corra o risco de voltar a ser um campo de batalha onde o maior prejudicado é o cidadão, eu continuo defendendo a chapa Dilma, Pezão e Dornelles. Depois da suruba, o que se vê agora é o bacanal eleitoral, e o Rio não pode ser vítima dele."

Antigos aliados

Paes foi subprefeito da Barra e Jacarepaguá na primeira gestão do ex-prefeito Cesar Maia e secretário do Meio Ambiente na segunda gestão. Em 2002, no entando, Paes rompeu com Maia e deixou o então PFL, migrando para o PSDB.

Na campanha que o elegeu prefeito pela primeira vez, Paes usou o apoio político de Cesar Maia recebido por Gabeira (PV) como ataque ao adversário. O verde acabou derrotado no segundo turno por uma pequena margem de votos, inferior a 2%.

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