Por felipe.martins

Rio - O principal reduto do samba do Rio de Janeiro, que há quase uma década reúne milhares de pessoas às segundas-feiras no Clube Renascença, no Andaraí, nesta segunda se transformou num point de torcedores que atraiu até a atenção da Fifa.

O Samba do Trabalhador, comandado por Moacyr Luz, virou o samba do torcedor. E uma alternativa genuína à Fan Fest, arena oficial montada pela organização da Copa na Praia de Copacabana.

Moacyr Luz comanda a roda de samba%2C que ontem celebrou a vitóriaDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

“Foi uma loucura isso aqui. Comecei a dar entrevista às 11 da manhã para gente do mundo todo (risos). Mas um samba bom é que nem Pelé dando lençol”, brincou Moacyr Luz, citando trecho de uma de suas músicas com Paulo César Pinheiro.

O clima no Rena, como o clube é carinhosamente chamado pelos frequentadores, era de arquibancada. Quem achou que o movimento seria menor devido ao jogo da Seleção, errou o palpite.

“O Rio não é só a Zona Sul, não é só Copacabana. O calor do torcedor que tem faltado ao Maracanã, sobra aqui no Samba do Trabalhador”, brincou a premiada chef de cozinha Luiza Souza, proprietária do bar Da Gema, na Tijuca, frequentadora assídua do Rena.

As irmãs Marina e Mariana Lippi, moradoras do Méier e fãs de carteirinha do atacante Fred, estavam tensas no início da partida com mais uma má atuação do atacante do Fluminense. Mas o gol do camisa 9, acabando com seu jejum neste Mundial, fez as duas relaxarem.

“Jogo da seleção sem gol do Fredelícia não dá”, brincou Marina, de 23 anos. Amigo das irmãs tricolores, Leandro Amaral não perdeu tempo e provocou. “Foi em impedimento. A cara do Flu”, disparou. As meninas não deixaram barato. “Mas foi o Flamengo que criou o roubado é mais gostoso”, rebateram.

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