Por felipe.martins

Rio - Infiltrações, portas quebradas, geladeiras velhas para guardar corpos, alojamentos sem vidros e refrigeração, macas sujas de sangue e falta de funcionários no atendimento ao público. Esse é o cenário do Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, na Posse, em Nova Iguaçu, que está em péssimo estado.

Segundo funcionários, este IML tem o segundo maior atendimento do estado, atrás apenas do Rio — média de 320 autópsias e 1.800 exames de lesões corporais por mês. Porém, a morosidade no atendimento e a precária infraestrutura chamam atenção.

No corredor do IML da Posse%2C o retrato do abandono%3A faltam portasDivulgação

Os problemas começam logo na recepção. Os dois banheiros para o público estão interditados por causa de vazamentos. Um deles está com o vaso sanitário quebrado. No quarto onde funcionários descansam, não há refrigeração e uma das janelas não tem vidros. Nas salas onde ficam as geladeiras e onde são feitas as autópsias, faltam aparelhos de ar-condicionado. O mau cheiro também incomoda.

Quem trabalha no local afirma que das 42 câmaras mortuárias (geladeiras), 28 apresentam problemas. A situação caótica foi alvo de relatório da deputada estadual Rosangela Gomes (PRB) em 2012, que voltou ao local há 15 dias. “Fiz ainda emenda de prioridade ao orçamento de 2013, requisitando verba ao IML, mas nada mudou”, disse ela.

De acordo com a Subchefia Administrativa da Polícia Civil, foi realizado um levantamento sobre a manutenção do IML de Nova Iguaçu. O documento será encaminhado para a Secretaria de Segurança.

Você pode gostar