Por felipe.martins

Rio - Primeira favela do Brasil, o Morro da Providência vai ganhar efetivamente seu teleférico na próxima semana, após um ano de atraso na implantação, que custou R$ 75 milhões aos cofres públicos. Encrustado entre a Saúde, o Santo Cristo e a Gamboa, no Centro, o morro vai contar com três estações e 15 gôndolas para o transporte gratuito de mil passageiros por hora, em cada sentido. O dia certo da inauguração ainda depende da agenda do prefeito Eduardo Paes.

A primeira fase de testes começou ontem e se estenderá por 15 dias, das 9h às 11h, nos 721 metros que ligam as três estações — Central do Brasil, Américo Brum (no alto do morro) e Gamboa (na Cidade do Samba). Na segunda fase, o serviço funcionará das 14h às 16h e na terceira, das 9h às 15h. Quando o teleférico estiver em pleno funcionamento, atenderá ao público de segunda a sexta-feira das 6h às 21h, sábados das 7h às 19h, e domingos e feriados das 9h às 18h.

Morro da Providência terá três estações e 15 gôndolas para transportar 1.000 passageiros por horaFabio Gonçalves / Agência O Dia

Cada gôndola leva oito usuários sentados e dois em pé. A viagem levará três minutos — a altura da última estação é 83 metros acima do nível do mar. As estações terão balcão de informações e atendentes para orientar à população sobre quatro serviços disponíveis, prestados pela prefeitura: Clínica da Família, Farmácia Popular e Casa Rio Digital (Gamboa) e Academia da Terceira Idade (Américo Brum).

“Com o novo teleférico, o morador ganha tempo para se deslocar entre a parte alta da Providência, a Gamboa e a Central, fazendo conexão com metrô, trens e ônibus”, acentuou Alberto Silva, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio, que coordena a revitalização da Saúde, Gamboa, Santo Cristo e arredores, dentro do programa Porto Maravilha. O consórcio Porto Novo opera o serviço até 2026.

Uma cartilha sobre o serviço será distribuída aos cinco mil moradores. Entre as normas estão proibições ao consumo de alimentos e bebidas e viajar sem camisa, descalço ou com trajes de banho.

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